Palavra da Célula 28 outubro 09 – Paulo, o discipulador de Timóteo

outubro 26, 2009

discipuladoQualquer um que se coloca como pai espiritual, discipulador, precisa manifestar as qualidades de Paulo. Vamos ver algumas delas:

1. Mantinha um relacionamento de pai e filho


Paulo trata Timóteo repetidas vezes como filho (1Tm 1.2;18; 2Tm 1.2;2.1). Vivemos em uma geração de muitos líderes órfãos, líderes que nunca aprenderam a ser filho e que por isso não conseguem exercer uma paternidade espiritual livre e saudável. Precisamos desesperadamente que o Senhor restaure em nós esse tipo de relacionamento.

2. Era amoroso

É precioso ver como Paulo se referia a Timóteo. Não espere ter discípulos se você não consegue expressar amor. Sabemos como a expressão do amor de um pai é vital para o crescimento e a identidade do filho. Há filhos que são gerados e outros que são adotados, mas em ambos os casos devemos amá-los incondicionalmente.

3. Era intercessor


Paulo orava por Timóteo de noite e de dia. Quando amamos um filho, oramos por ele; quando amamos um discípulo, temos encargo pela sua vida. Deixar de orar por um discípulo é sinal de indiferença e relacionamento superficial. É um grande privilégio ter um discipulador intercessor.

4. Mantinha intimidade

Paulo se lembrava das lágrimas de Timóteo. Isso significa que ele tinha liberdade para chorar diante de Paulo. Ele não se envergonhava disso. Em um verdadeiro relacionamento de discipulado, é normal deixar o coração transparecer. Temos liberdade para chorar e para celebrar.

5. Alegrava-se em estar junto

Paulo ficava ansioso para ver Timóteo e assim, transbordar de alegria. Um relacionamento de discipulado onde não há alegria na comunhão, no simples estar junto, certamente não está correto. É preciso avaliar onde está o problema.

6. Era benígno


Paulo tinha a atitude resoluta de enxergar em Timóteo suas qualidades e virtudes. Paulo não insistia que seu discípulo precisava melhorar, mas comunicava-lhe uma profunda aceitação. Não questionava a fé de Timóteo, mas simplesmente presumia o melhor a respeito do filho.

7. Desafiava ao crescimento

Todo discipulador precisa admoestar e exortar o discípulo ao crescimento. Paulo sabia do potencial e da unção que havia em Timóteo. Ciente disso ele desejava levar seu discípulo a ser plenamente útil nas mãos de Deus. Precisamos acreditar em nossos discípulos e no potencial deles sob a unção do Espírito Santo.

8. Transferia unção

No Novo Testamento Paulo é exemplo de que há poder na imposição de mãos e que, de fato, existe transferência de unção no discipulado (Nm 11.16,17). O Senhor vai transferir o espírito que está em você e compartilhá-lo com seus discípulos. Você consegue perceber como é sério ser e ter um discipulador? Entenda a responsabilidade, o discipulador é o padrão para o discípulo. Deus vai transferir o que você tem e compartilhar com os discípulos.

9. Discernia a condição espiritual do discípulo

Paulo sabia das dificuldades de Timóteo. Primeiro ele era jovem demais (1Tm 4.12) e isso certamente o fazia tímido e inseguro. Além disso, Paulo sabia que Timóteo era propenso a doenças (1Tm 5.23). Mas o principal é que Timóteo tinha mais tendência a apoiar-se em outros do que a liderar.

10. Ensinava por palavras e por demonstração

Paulo mostrou a Timóteo como ensinar e viver (2Tm 3.10,11). Ele desafiava Timóteo a reproduzir o que recebeu dele. Mais que isso, desafiava-o a multiplicar-se discipulando as pessoas certas para que estas, por sua vez, transmitissem às outras o que receberam. 

Vamos ver algumas características de Timóteo que nos mostram como deve agir um bom discípulo:

1. Tratava seu discipulador como pai espiritual (1Co 4.17)

O discípulo antes de qualquer coisa deve aprender a ser filho. Em Hebreus diz que o Senhor teve de aprender a obedecer (Hb 5.8). Ele era Deus e nunca teve que obedecer ninguém. Ele era Deus, mas teve de aprender a ser filho. Para aprender a ser pai, antes precisamos aprender a ser filho.

2. Imitava seu discipulador (1Co 4.14-16)

Os coríntios não imitavam Paulo, mas este se colocou como um modelo a seguir, um exemplo. Evidentemente todo discipulador possui falhas, mas o discípulo que tem um coração correto sempre terá de Deus o discernimento do que deve ser imitado.

3. Era um cooperador (Rm 16.21)


Todo discípulo é também um cooperador. Um líder em treinamento coopera com o líder da célula enquanto é discipulado por ele. É exatamente enquanto cooperamos que aprendemos.

4. Era fiel ao discipulador (1Co 4.17)


O discípulo não murmura com terceiros a respeito das falhas do discipulador ou dos problemas que possa ter de enfrentar. A relação entre ambos tem de ser de mútua transparência. O discípulo é um escudeiro para seu discipulador, o protege e até o carrega quando pode. A lealdade é a condição vital para que aconteça uma relação de discipulado.

5. Era confiável (Fp 2.20)

Tornamo-nos confiáveis quando somos transparentes. Um bom discípulo abre seu coração com o seu discipulador. Também nos tornamos confiáveis quando nos permitimos ser tratados. Apenas ser transparente não nos qualifica, mas quando somos transparentes e nos permitimos ser tratados e disciplinados, conquistamos uma posição de confiança.

6. Tinha o caráter aprovado (Fp 2.22)


Todo discípulo precisa ser humilde e ensinável, não deve rejeitar correções. Ele deseja ouvir a avaliação de sua vida e de seu ministério, de modo que possa crescer. Creio que ser ensinável é a característica mais importante de um discípulo, pois se precisar de correção em quaisquer outras áreas, será possível trabalhá-las sem grandes conflitos.

7. Tinha o coração sincero (2Tm 1.5)


A meu ver, a maior responsabilidade para um bom relacionamento de discipulado está sobre o discípulo. Normalmente o discipulador possui muitas ocupações e, por isso o discípulo deve fazer os ajustes necessários para se adaptar à rotina do discipulador. Ele deve ter a iniciativa de buscar o discipulador e assegurar que o relacionamento cresça gradualmente (Hb 13.17).

Pr. Aluízio A. Silva

Fonte: www.IgrejaVideira.com