Uma paixão de criança [Palavra da Célula]

junho 2, 2010

Paulo disse que precisamos deixar de ser crianças, mas Jesus disse que o reino dos céus é daqueles que são como crianças. Esse é um dos muitos paradoxos bíblicos (Ef 4.14; I Co 3.1-2; I Co 13.11 e I Co 14.20 compare com Mt 18.3 e Lc 18.17).

Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes. Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras. (Mt 11.16-19)

Existe uma doença terrível que pode nos acometer: podemos nos tornar radicalmente insatisfeitos e nossa alma pode desaprender os caminhos da alegria e da resposta feliz ao ministério e à vida.
Jesus identificou na geração daqueles dias essa doença e para diagnosticar esse mal o Senhor usou a si mesmo e a João como exemplo.

Primeiro o Pai enviou a João, que não comia nem bebia, e disseram: Tem demônio! Quando o convidavam para sentar-se à mesa ele preferia sentar-se no chão.
Se lhe oferecessem um manjar finíssimo ele iria preferir um gafanhoto cru.Se alguém o convidasse para beber vinho ele iria preferir beber da água do Jordão.

Nem se fala em grife, pois se vestia de peles de camelo e de cabrito.Nunca ia a festas ou reuniões, mas estava sempre no deserto e nos lugares ermos. Quem quisesse ouvi-lo tinha de ir ao deserto. Era o típico esquisitão espiritual. Era cheio de Deus, mas muito esquisito. Mas quando os fariseus o viram pregando o acusaram de ter demônio. Pensavam: “que vida estranha, que tipo de vida horrorosa, que maneira estranha de viver”.

Depois veio Jesus. Ele vive de modo completamente diferente do seu primo, João Batista. Jesus come de tudo. Bebe o que lhe põe a frente. Seu primeiro milagre não foi num deserto, mas num casamento. O milagre é transformar água em vinho para que a festa não se acabe antes da hora.

Seus amigos são os mantidos na periferia. Não possuem pedigree. São destituídos e despojados como pescadores, lavradores e gente simples do povo. Quando convidado a um funeral ele vai e chora.Se convidado a um banquete ele aceita e come, conversa e conta histórias.
Num mesmo dia ele saia de um cemitério em Gadara e vai para a casa de um chefe da sinagoga, Jairo. Ele vai do profano, religiosamente falando, até o mais aceitável. Mas olharam para ele e disseram: “Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”

O que o Senhor está dizendo é que nem Deus consegue fazer vocês felizes. Ele mandou João para aqueles que gostam de brincar de funeral, mas vocês não gostaram. Então ele mandou o Messias que liberta os oprimidos com a sua palavra, que destila cura e milagres nos dedos, que fala de Deus enquanto sorri e que chora antes de ressuscitar o morto só para não perder a chance de ser integralmente gente. Mas mesmo assim não gostam. Dizem que é um glutão e amigo de párias.
O que isso tem a ver com você? Quem faz as pessoas se tornarem assim é a religião. A religião nunca se contenta com coisa alguma.

Para abrir a nossa imaginação e percebermos essa realidade Jesus usa a analogia da praça, da brincadeira dos meninos. Jesus lhes diz: vocês são como meninos na praça, mas são uns meninos emburrados. Sofrem de um mal humor crônico.
Um grupo diz: “vamos brincar de enterro?” O outro rejeita. Daí esse grupo diz: “vamos brincar de dança, de ciranda cirandinha? Ele toca flauta e a gente dança”. Mas os outros não querem.
Quando convidados a chorar vocês não choram e quando convidados a dançar vocês não dançam. Disse Jesus: “vocês estão de mal com a vida”.

1. Somos crianças do reino ou somos meninos egoístas

Do ponto de vista espiritual nós somos meninos sempre. Ou nós somos aqueles meninos imaturos, egoístas e caprichosos de quem Paulo diz que precisamos deixar de ser, ou nos tornamos as crianças do reino.
O posto desta meninice egoísta, mal humorada e infeliz não é aquela meninice adulta, madura e circunspecta, mas é sermos aqueles meninos do reino, cheios da alegria de viver com Deus. Não devemos nos tornar aqueles “adultos da fé”,
Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele. (Lc 18:17).
Nós não somos convidados a deixar essa meninice e nos converter numa meninice super séria e emburrada, mas somos convidados a nos convertermos a uma meninice cheia da alegria e da vida abundante de Deus.
Precisamos ser capazes de dizer para Deus qual a brincadeira de hoje? Eu estou nela!

Nós fomos chamados para brincar as brincadeiras de Deus no mundo. Como ministros precisamos renovar sempre essa alegria infantil do serviço de Deus. Quando somos capazes de transformar as coisas mais simples numa verdadeira alegria.

Existe um lado da paixão que é a capacidade de ter alegria e divertir-se mesmo com a obra mais séria. Não há nada que não possa se transformar numa brincadeira para verdadeiras crianças. Se as colocarmos numa sala fechada elas vão arrumar um jeito de se divertirem ali.
Toda brincadeira é contagiante e atrai cada vez mais meninos. Infelizmente alguns líderes perderam essa alegria apaixonada do serviço de Deus.
De qualquer forma sou um menino. Ou menino emburrado ou um menino simples e descomplicado disposto a brincar com Deus.

2. Crianças do reino brincam as brincadeiras de Deus

Jesus disse que as crianças estavam sentadas na praça. Pode haver algo mais antagônico do que menino sentado na praça? Meninos não sentam para olhar o brinquedo. Velhinhos sentam na praça e jogam dominó, mas meninos não sentam na praça.
Meninos fariseus ficam sentadinhos na praça. Não aceitam brincar de nada. Quando perdemos a espontaneidade para as coisas de Deus nos transformamos nos meninos insuportáveis da religião.
Não há nada pior do que meninos envelhecidos. Quando somos as crianças do reino podemos ter a atitude de uma criança que recebe um brinquedo novo.

Crianças não deixam de brincar porque dá trabalho a brincadeira.Crianças não se importam com a hora se ganham um brinquedo novo. Mas meninos emburrados não ligam pra o brinquedo.
O ministério pode ser um desfrute. Basta que transformemos nosso trabalho numa grande brincadeira cheia de criatividade e empolgação.
Jesus usa ainda a imagem de crianças brincando na praça. Crianças que não brincam na praça têm alguma coisa doentia e errada. Jesus pensa o reino de Deus como um encontro na praça. Deus espera que a nossa vida e nosso ministério sejam como uma grande brincadeira na praça.

A imagem do jogo na praça é uma ilustração da nossa espiritualidade. Nossa espiritualidade é percebida no relacionamento como numa praça. Precisamos ter cuidado pois se nos tornamos crianças caprichosas, emburradas e insatisfeitas pode ser que João Batista venha e o rejeitemos porque não gostamos do jeito dele. E vem o Messias e diz: “vamos celebrar”, mas podemos rejeitá-lo porque não gostamos do jeito dele.
Nos tornamos assim quando nos prendemos em nossos conceitos religiosos e nossas tabelas estreitas que não admite mudança. Deus vem a nós e não podemos receber dele por causa da amargura religiosa. Para experimentar Deus hoje precisamos da espontaneidade das crianças para brincarmos as brincadeiras de Deus.

3. As crianças do reino podem se tornar os meninos amargurados da praça

Crianças do reino dizem: “Que bom ver que Deus está usando aquele irmão. Que bom que aquele outro está prosperando. Qual vai ser a brincadeira de hoje? Pregar no hospital? A graça de Deus cura. Pregar no velório? O Senhor nos consola. Vamos para a praça?”
Os meninos emburrados não ligam a mínima para o brinquedo. Eles agradecem e ainda reclamam que já têm brinquedo demais.
É terrível quando perdemos a espontaneidade na vida com Deus. Quando queremos ter tudo programado e definido não dando lugar para a ação de Deus. Quando perdemos a espontaneidade nos tornamos os meninos amargurados da religião.

4. As crianças do reino podem se tornar os meninos amargurados quando a praça é vista como uma batalha campal

Jesus disse que as crianças gritavam umas para as outras. Esse grito é o grito da agressão, das gangues, é o grito de guerra. É terrível quando deixamos de ver a vida como uma santa brincadeira e passamos a vê-la como uma guerra onde o irmão é o inimigo.
Há pessoas que vêm o próximo como algo perigoso. Amizade, proximidade e comunhão não fazem parte da vida deles.

5. As crianças do reino podem se tornar meninos amargurados quando se tornam meninos negativos

A atitude dos meninos na praça é a atitude do “não”. Eles não têm a atitude do “vamos”.
A resposta deles para as propostas das outras crianças é sempre não. É a maneira de viver que não dá alternativa. Não quero esse, mas quero aquele. Mas essas pessoas dizem: não quero esse e nem aquele, não quero nada.
Os dois sintomas mais radicais dessa enfermidade são:
A tristeza sadia que é vista como opressão maligna.
A alegria que é sempre vista como leviandade.
Tais pessoas vivem engessadas e angustiadas numa existência sem lágrima e sem sorriso.

Se esse mal nos atingir o que fazer para se livrar dele?

Rejeite toda padronização do mover de Deus. Simplesmente aceite a maneira de Deus agir na sua vida.
Receba aqueles que Deus enviar a você. Não defina padrões rígidos do que seria o homem de Deus ideal.
Procure conservar vivo o menino que há em nós. Deixa o menino do reino transmitir a vida abundante que o Senhor veio nos dar. Não há como ter vida abundante sem se parecer com uma criança na maior parte do tempo.

Pr. Aluízio A. Silva
fonte: http://www.IgrejaVideira.com


Palavra da Célula 09 Dezembro 09 – Fatores para chave do sucesso

dezembro 9, 2009

Há três fatores importantes que compõe uma estrutura de sucesso:


1 – A visão e os valores fundamentais Devem estar de acordo com os princípios bíblicos. Tem que ter uma visão clara! Sem a visão, as pessoas estarão dispersas. A visão e a filosofia do ministério, na realidade, possuem valores fundamentais e é a parte mais importante da estrutura.

2 – O espírito das pessoas Com uma boa visão e o espírito das pessoas, você pode ir em frente com todo poder. Porque os israelitas não puderam adentrar na terra prometida? Será que eles não tinham estruturas e nem estratégias? Eles tinham as doze tribos de Israel e toda estrutura e estratégia, mas eles ficaram 40 anos vagando no deserto. Se você analisar a geografia, perceberá que eles poderiam ter feito aquele mesmo trajeto em 11 dias.

3 – Estrutura e Estratégia O segredo para o sucesso é a visão que Deus dá e isso é adentrado no espírito das pessoas. As estratégias são importantes, mas a atitude e o espírito do seu povo é que vai fazer a igreja poderosamente se tornar um exército de Deus.

O povo de Israel não tinha o espírito correto, por isso, estavam sempre murmurando contra Deus e Moisés. Existem pastores e líderes que talvez tenha uma estratégia e uma estrutura boa, eles sabem aonde querem ir, mas se o seu povo não for junto com eles, então não irá funcionar.

Muitas vezes, o pastor e sua esposa acabam saindo sozinhos e os membros ficam sentados na congregação, só observando seus líderes servindo ao Senhor. Então, nós temos que ter certeza que estamos passando a visão corretamente para os membros e que existe um espírito das pessoas positivo, poderoso, apoiado e envolvido na igreja. Você precisa se certificar de tudo que você pregar e ensinar, para ver se está ajudando a transformar a vida das pessoas.



Modelos e Estratégias de Fundação de Igreja

1 – Modelo de igreja em células Você vai começar uma igreja por meio da célula. Funciona assim: você manda uma equipe pequena da mesma célula para outra cidade para evangelizar. Em seguida, você deve acompanhar o novo convertido e discipulá-lo. Logo após, começa as células nas casas ou nos campos universitários. À medida que os grupos forem crescendo e se multiplicando você passa para um prédio, realizando assim, os cultos de domingo. Todo mundo pode fazer isso. Pessoas comuns, líderes e membros de célula. Não depende de “líderes grandes” ou de um pastor titular, mas sim da mobilização, de pegar todas as células, ter uma visão missionária e sair para outros lugares fundando igrejas.

2 – Modelo de Cruzada É totalmente diferente do primeiro. Começa com uma grande cruzada que resultará na abertura da igreja. Esse modelo exige um grande orçamento e também um acompanhamento eficaz, porque depois de uma grande cruzada, você terá uma centena de conversões. Esse modelo precisa de grandes pregadores e bons líderes. Então, não é todo mundo que pode fazer esse modelo. Precisa de um grande evangelista para pregar na cruzada. Temos muito desse modelo funcionando na África.


3 – Modelo Fabricação de Tendas O pastor relaciona com uma equipe de liderança, mas o pastor da nova igreja, a que está sendo fundada, não precisa ser uma pessoa em tempo integral no ministério. Eles não são financiados em tempo integral. Então, os empresários vão e abrem uma nova empresa naquela cidade. Mas eles não estarão apenas com o alvo de fundar uma empresa, mas também de abrir uma igreja. O lema é: Aonde os membros vão, eles fundam uma igreja. Isso faz parte dos nossos valores fundamentais. Se a pessoa tiver a visão, o coração, Deus vai abrir as portas para fazer isso acontecer. Nós temos que ir além das nossas limitações. Se pedirem para você fazer algo é porque você pode fazer. Se Deus te deu a grande comissão é porque você pode alcançar. A Bíblia diz “vá para todas as nações”. Vamos ter o Espírito de campeões para Jesus, para alcançar as nações!

4 – Modelo do Líder em Tempo Integral Nesse modelo você envia um missionário em tempo integral para fundar igreja. A “igreja mãe” deve sustentá-lo financeiramente. Nesse caso, ele não precisa arrumar um emprego na outra cidade, mas a igreja precisa ter um orçamento bem alto. A vantagem, é que aquele líder terá mais tempo para dedicar a obra de Deus. A expectativa que nós temos é que esses pastores irão supervisionar muitas igrejas, por isso eles precisam de mais tempo.

5 – Modelo do Grande Começo Modelo totalmente diferente de começar em célula. Começam com um grupo razoável de pessoas se mudando para uma cidade. Esse modelo precisa ter um pastor para supervisionar a nova igreja. Nos Estados Unidos foi colocado em prática esse modelo. Nesse caso, quando tem uma base grande, você pode crescer muito rápido, mas poderá ver o desafio de não poder fundar mais igrejas durante o ano, porque você já enviou muitas pessoas da “igreja mãe” para a nova cidade.

Todos os modelos têm seus pontos fortes, positivos, fracos e negativos. Que nós recebamos nesses dias a sabedoria celestial em nossas vidas para saber implementar essas verdades e qual modelo que devemos ou não seguir em nosso ministério. Que Deus nos dê um caminho, uma maneira para que possamos voltar para as nossas casas com a convicção de fazer coisas grandes para o Senhor e para fundar igrejas.

por Pr. Sritawong Phitsanunar


O verdadeiro arrependimento

dezembro 4, 2009

Este Salmo é o registro da agonia da alma de Davi após o seu terrível crime de adultério e assassinato. Por causa da ociosidade ele teve chance de ver uma mulher tomando banho. Davi viu, cobiçou, adulterou e tentou esconder o seu pecado. Ele usou quatro planos para encobrir o seu pecado:

• Plano A – Dar férias ao marido de Bate-Seba.

• Plano B – Dar um banquete ao marido de Bate-Seba.

• Plano C – Encomendar a morte do marido de Bate-Seba.

• Plano D – Casar-se com Bate-Seba para esconder a gravidez.

Tudo parecia perfeito. Todas as provas do pecado foram aparentemente destruídas. Ele só não contava com uma coisa: Deus estava vendo (2Sm 11.27). Davi, então, é tomado por um sentimento de culpa e horror. E foi nessa condição que ele escreveu o Salmo 51. O arrependimento de Davi nos mostra o caminho da restauração. Enquanto Davi calou o seu pecado, a sua vida murchou, os seus ossos secaram, a alegria da salvação foi embora, porque a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite (Sl 32. 1-5). Não há libertação, cura nem restauração onde não há arrependimento. Passos para a restauração a. Reconheça o seu pecado Davi por um tempo escondeu o seu pecado.

Mas isso estava arruinando a sua vida. Ele, então, olhou de uma maneira séria o que havia feito. Convicção de pecado é o primeiro passo para a restauração. Não olhe para os outros. Não julgue nem culpe os outros. Seja honesto com você mesmo. Pare de argumentar e se justificar. Faça como Davi, “Eu conheço as minhas transgressões” (v. 3). O mundo fará qualquer coisa para impedir que você encare a si mesmo. As pessoas estão lotando os cinemas, entupindo as passarelas do carnaval, vendo novelas, divertindo-se, porque não querem olhar para dentro de si mesmas. b.

Reconheça a natureza do que tem feito (v. 1,2) Dê o nome correto ao pecado. Alguns se escondem atrás da psicologia supondo que o pecado é algum problema psicológico. Em vez de se arrependerem presumem que precisam de cura interior. Davi não caiu nesse engodo. Ele usa aqui três palavras para descrever seu erro: Transgressão – rebelião, revolta contra a autoridade. Davi admite que foi rebelde. Sua própria vontade prevaleceu. Ele foi governado por um desejo lascivo. Fez o que sua consciência reprovava. Foi um ato deliberado de desobediência, uma violação da autoridade divina. Iniquidade – perversão. Algo sujo, indigno, vergonhoso. Há muitas coisas pervertidas como ciúme, inveja, malícia, impureza. Pecado – errar o alvo. Não estamos vivendo conforme vivendo conforme deveríamos viver.

Estamos fora da linha. c. Reconheça que todo pecado é contra Deus e diante de Deus – v. 4 Davi pecou contra Bate-Seba, contra Urias, contra sua família, contra a nação, contra os homens que foram mortos na batalha, mas ele confessa: “Contra ti somente pequei”. Por que contra Deus? Porque sempre que pecamos contra alguém, estamos pecando contra Deus que criou esse alguém. Estamos ferindo alguém amado por Deus. Estamos nos intrometendo na obra da criação e da providência de Deus. Reconheço que o pecado ofende a Deus. Sempre que pecamos, nos insurgimos contra Deus. d. Rejeite toda desculpa e justificativa – v. 4 Davi admite que o seu pecado foi resultado da sua obstinação. Reconhece que está totalmente errado. Nada tem para se justificar. Enquanto você tentar se justificar, não terá dado provas de arrependimento.

O arrependimento é o reconhecimento de que você não merece nada senão o juízo. Gostamos de usar desculpas como: “Eu sou apenas um ser humano.”, “Ninguém é perfeito.”, “Eu não sou de ferro.”, “Eu posso fazer isso porque tenho maturidade.” etc. Existe também as desculpas bíblias como a de Adão e de Eva. Ele disse: “A mulher que me destes.”, sempre achamos que o outro nos fez pecar; Eva disse: “É culpa da serpente” , até hoje repetimos a desculpa da Eva. e. Reconheça que a sua carne é essencialmente má – v. 5 Davi reconhece que a razão de ter pecado não é o mundo fora dele, a beleza do corpo de Bate-Seba, mas o seu coração sujo. Não é o mundo fora de mim, é algo dentro de mim que está corrompido.

Não é simplesmente uma questão do que eu faço, mas de quem eu sou. Meu coração é uma fábrica de iniquidade. É de dentro de mim que procedem maus desígnios. Não é o mundo, é o meu coração. Não é simplesmente a pornografia, é o meu coração lascivo. Não é a guerra, é o meu coração perverso. Não é a injustiça social, é o meu coração avarento. Quando você percebe esta verdade a seu respeito, a única coisa que você pode fazer é clamar como Davi: “Tem misericórdia de mim, ó Deus”. Davi tem consciência da sua culpa, mas não pára aí. Só sentir o peso do pecado pode levar ao remorço, a auto-destruição ou a depressão.

Davi não engoliu o veneno. Ele não fugiu de Deus, ele correu para Deus, desejou ser perdoado e purificado, diferente de Adão e Judas que pecaram e fugiram de Deus. Muitos ao pecarem fogem de Deus. Esse é o caminho oposto ao arrependimento. Davi quis Deus pois sabia que só Deus podia restaurá-lo. Deus não rejeita quem tem o coração quebrantado. A cruz foi onde Jesus morreu pelos nossos pecados. Quando nos voltamos para a cruz, encontramos uma fonte de cura, resturação e perdão. Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar. (Jo 1.9) O homem que não percebe que precisa de perdão não é cristão.

Pr. Aluízio A. Silva
fonte: http://www.IgrejaVideira.com


Palavra da Célula – 26 novembro 2009 – A vida no aprisco conhecendo a Cristo

novembro 26, 2009

As formosas relações entre Deus e o homem na bíblia repetidas vezes são colocadas como a relação de um pai e um filho e de um pastor com suas ovelhas.

David falava com um forte sentido de orgulho, devoção e admiração. Era como se jactara em voz alta: “Olhem quem é o meu pastor, o meu dono, é o meu Senhor”. Debaixo de certos pastores, as ovelhas teriam que lutar, passariam fome e dureza sem fim. Então se o Senhor é o nosso pastor, devemos ter noção do Seu caráter e da Sua capacidade.

Deus nos chama de ovelhas, pois em muitas coisas, o cuidado das ovelhas se assemelham com o cuidado dos homens. O instinto de grupo, nossos temores e timidez, nossa obstinação e estupidez, nossos perversos hábitos, são todos paralelos de enorme importância.

Ele é o Bom Pastor, mas temos que lembrar que cada pastor tem que marcar suas ovelhas. A marca do Senhor é a cruz, a marca da orelha furada, do escravo que ficaria para sempre. Foi Ele quem disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo siga-me”. É trocar as volúveis fortunas dessa vida pela aventura mais produtiva e satisfatória de ser guiado por Deus.

É triste que muitas pessoas, que nunca se colocaram debaixo do governo de Cristo verdadeiramente, embora salvas por Ele, afirmem que “o Senhor é o meu pastor”.

Não se pode servir a dois senhores (Mt 7.21). De fato pertencemos a Ele? De fato reconhecemos seu direito sobre nós? Respondemos à sua autoridade e o reconhecemos como dono na prática? Encontramos nEle liberdade e total realização? Percebemos uma sensação de propósito e profunda felicidade em estar debaixo de sua direção? Conhecemos o descanso e o repouso advindos de uma consciência de que pertencermos a Ele? Se assim acontece conosco em verdade, com autentica gratidão e exaltação podemos exclamar com orgulho, como Davi: “O Senhor é o meu pastor”.

2- Nada me faltará

“Faltar” aqui tem um significado mais amplo – é não faltar nenhum cuidado no manejo e atenção e estar tão perfeitamente satisfeito com o cuidado do bom pastor que não deseja nada mais. Quando olhamos para homens como Elias, Paulo, João Batista e até mesmo o Senhor Jesus, vemos tais privações em suas vidas. Portanto é errado afirmar que se alguém está passando por lutas, ou não está prosperando à maneira do mundo é porque não tem a benção de Deus. Vemos algo muito diferente em Apocalipse e em Marcos sobre o conceito de riqueza e benção (Ap 3.17; Mc 10.21)

Mesmo com tanta proteção e cuidado, ainda encontramos irmãos, que são como ovelhas desgarradas, insatisfeitas com o cuidado do seu dono, crentes carnais, querendo desfrutar o “melhor” dos dois mundos. São rebeldes ao cuidado do Senhor e sofrendo sérias conseqüências por isso além de influenciar outros a segui-los.

3- Ele me faz descansar em pastos verdejantes

Pela própria constituição das ovelhas, é impossível que descansem sem que quatro condições sejam cumpridas.

a- Precisam estar livres de todo temor

b- Precisam estar livres das rixas com outras ovelhas dentro do rebanho

c- Precisam estar livres de insetos nocivos para se deitarem e descansarem.

d- Devem estar sem fome para se deitarem e descansarem.

Assim somos nós, e para a solução de todas essas questões, a presença do pastor é a resposta. Não há descanso verdadeiro sem a presença de Deus (Mt 11.28-30)

4- Junto às águas de descanso me pastoreará

Não há descanso genuíno sem a água do Espírito, sem ela, assim como as ovelhas, nós morremos. Quando as ovelhas não encontram água limpa, buscam água em qualquer lugar e bebem água contaminada, prejudicando terrivelmente sua saúde e vida.

Quando não nos deixamos levar pelo Senhor a fim de bebermos as águas limpas do Espírito, terminamos por beber das águas contaminadas desse mundo e acabamos doentes e com nossa vida espiritual e natural totalmente comprometida (Jo 7.37-38).

5- Refrigera a minha alma

É estranho pensar que quem está debaixo do cuidado do bom pastor tem sua alma abatida precisando de refrigério. Mas o certo é que isso acontece. Até Davi passou por tantas frustrações e clamou com alma abatida (Sl 42.11). Só quem conhece intimamente as ovelhas e seus hábitos entende o que é uma ovelha abatida.

Muitos pensam que porque caíram, Deus não se importa mais com Eles e estão morrendo em abatimento de espírito. Na verdade o bom pastor nos busca incessantemente. Vemos que a causa muitas vezes de cairmos abatidos é, como no caso da ovelha gorda que busca um lugar tranqüilo para descansar. Procurarmos posições espirituais relaxadas, sem compromisso. Que o nosso sucesso nesta vida não nos leve a afastarmos da dependência do Bom Pastor e não nos leve ao abatimento.

6- Me guia por caminhos de justiça, por amor de Seu nome

Nós como as ovelhas gostamos de escolher nossos próprios caminhos e nossa obstinação nos prende neles, muitas vezes nos levamos a nossa própria ruína (Sl 53.6, Pv14.12, 16.25). Cristo quer nos levar para o caminho seguro de vida e paz (Jo 14.16; 10.10). O caminho de vitória do Bom Pastor, que somos chamados a seguir é, mais uma vez o caminho da cruz (Mc 8.34).

7- Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte

Muitos de nós temos passados por vales, e não entendemos que, na verdade estamos sendo conduzidos há lugares mais altos em Deus. São nos vales da vida, que podemos conhecer o verdadeiro cuidado e suprimento do pastor. Podemos confiar totalmente nEle, ainda que perigos de morte nos cerquem, pois certamente ao final, nos acharemos em lugares mais elevados em Deus.

Pr. Naor Pedroza


Palavra da Célula 18 de Novembro 09 – Morte na Panela

novembro 18, 2009

 

Aquela era uma época de grande fome na terra (2Rs 8.1; 6.24-30). O povo andava inquieto. As pessoas viviam desesperadas, sôfregas, procurando alimento por toda parte. Estavam prontas para comer qualquer coisa que lhes acalmasse a fome. Até mesmo a cabeça de um jumento era vendida por 80 ciclos de prata.
 
Nesse tempo Eliseu palestrava no seminário para os discípulos dos profetas. Embora houvesse escassez de pão na terra, havia abundante pão do céu. Eliseu manda fazer um cozinhado, mas o homem que saiu ao campo a procura de ervas trouxe veneno em vez de alimento. E quando todos já estavam se fartando da refeição, soou o grito: “Morte na panela ó homem de Deus.” A morte espiritual tem início no prato que comemos. Quero extrair algumas lições para a nossa reflexão:
 
1. A morte na panela pode existir até mesmo dentro de uma estrutura sólida e organizada
Em uma igreja de estrutura sólida e organizada, podemos observar:
 
• Ensino
Aqui estão os estudantes de teologia do seminário de Eliseu, na Escola de Profetas. Estão diante de um grande professor, um homem de Deus santo e de poder. Um homem que jamais negociou seus absolutos nem mercadejou seu ministério. Nesse tempo é que houve esse dramático clamor: “Morte na panela ó homem de Deus.”
 
• Comunhão
A fome, a pobreza e a crise estavam longe de quebrar a comunhão dos filhos dos profetas, mas os estreitou ainda mais entre si. Eles estavam juntos na crise. Mas em uma comunidade onde reina comunhão pode existir “morte na panela.”
 
• Uma liderança forte e ungida
Eliseu era um profeta de grande destaque em Israel. Era um santo em quem repousava o Espírito do Senhor. Se mesmo num ambiente assim estamos sujeitos a riscos, imagine o que pode acontecer com igrejas independentes onde não há zelo pela Palavra e nem cobertura espiritual? Precisamos ter cuidado com isso, pois podemos estar apenas enviando alguém para comer em panelas cheias de morte.
 
2. A morte na panela é realidade espiritual em algumas igrejas
 
Os homens estão como ovelhas inquietas, famintas e sem o cuidado do pastor. Estão buscando pastos verdes. E quando encontram novidades, logo as abraçam com sofreguidão. Há muitos ensinos arrojados, desafiadores, bonitos e impactantes, mas que não são bíblicos, são venenosos.
 
• Tenha cuidado com o fruto venenoso
Os discípulos dos profetas comeram veneno pensando estar se alimentando de algo bom. Acharam parecido. O joio é parecido com o trigo. Mas um é veneno, o outro é alimento. Normalmente, seitas como Testemunha de Jeová, Mórmons e Adventistas têm muito ensino bíblico em sua doutrina, têm muita coisa boa e certa, mas há negação e distorção de verdades essenciais do cristianismo. O todo do Evangelho fica comprometido.
 
• Meias verdades são mais venenosas que mentiras
O perigo de ser enganado pelas aparências. Às vezes, as coisas não são o que parecem. A meia verdade é mais perigosa que a mentira, pois se torna mais sutil, menos perceptível, por isso mais penetrante. Precisamos exercer discernimento (Hb 5.14). Não podemos comer todo alimento que se serve em nome de Deus. Existem muitas pregações fantásticas, ensinos arrebatadores que mexem com as emoções e sacodem as estruturas da vida humana. O diabo gosta de citar a Bíblia. Ele citou a Bíblia para Jesus no deserto. Assim, nem todos que andam com a Bíblia pregam o Evangelho em sua plenitude (Mt 4.1-10).
 
3. Como perceber o veneno na panela?
A morte na panela é aquela que vem misturada com o ensino aparentemente correto. Como perceber quando um ensino é cheio de morte?
 
• Quando diminui nosso compromisso e consagração;
• Quando nos desmotiva a tomar a cruz;
• Quando nos torna mais tolerantes e liberais com o pecado;
• Quando diminui nosso desejo de participar da adoração ao Senhor;
• Quando nos afasta da comunhão com os irmãos;
• Quando o ensino distorce a palavra pura do Evangelho;
• Quando faz com que o mundo pareça normal e aceitável.
 
4. A morte na panela pode ser removida
 
• A cura pela árvore cortada (Ex 15.23-26)
Em algumas versões se diz que Moisés lançou o madeiro nas águas. O madeiro aponta para a cruz. A cruz quando aplicada tem o poder de transformar as fontes do nosso coração.
 
• A cura pelo sal (2Rs 2.19-21)
Eliseu curou os manaciais de água através do sal, o qual não poderia faltar na oferta de manjares (Lv 2.13). É chamado de sal da aliança. A aliança é figurada pelo sal porque este tem a propriedade de tornar as coisas incorruptíveis, ou seja, não apodrecem. Isso nos indica que a aliança de Deus é eterna e imutável.
 
• A cura pela farinha, a Palavra no poder do Espírito Santo
A farinha procede do trigo. O trigo, todos nós sabemos, refere-se ao Senhor Jesus (Jo 12.24). O Senhor Jesus é esse trigo que caiu na terra e morreu para produzir muitos grãos (2Co 4.10-12). A vida que está no grão de trigo só pode fluir se a semente morrer. A casca deve ser quebrada para que a semente germine. Isto nos fala de quebrantamento.

Quando somos quebrados, a vida de Jesus que está em nosso espírito flui para alimentar os outros.

A morte é afastada quando colocamos na panela a genuína Palavra de Deus. Hoje muitas igrejas não querem doutrina, só querem experiência. É tempo de buscarmos um avivamento que tenha a Bíblia como centro, como aconteceu no avivamento apostólico e nos outros grandes avivamentos ao longo da história.
 
Pr. Aluízio A. Silva
fonte: http://www.IgrejaVideira.com 

 


Palavra da Célula – 11 de novembro 2009 – A Comunidade de discípulos

novembro 11, 2009

vide cultoA comunidade dos discípulos era uma igreja de vencedores que tocava os céus e abalava a terra nos seus dias. Cremos que o Senhor está trabalhando para edificar a comunidade em que cada casa é uma extensão da igreja e em que cada membro é um ministro. Em Atos 2.42-47 temos a descrição do início da vida da Igreja, então podemos observar algumas características principais desta comunidade, dos discípulos e de como eles viviam a vida da igreja.

1. Perseveravam no ensino dos apóstolos (1Tm 1.3; 2.1,2)

a. Entrando pela porta e perseverando no caminho

Antes de qualquer coisa a igreja aprendeu a perseverar. Em nossa vida cristã e na vida da igreja sempre teremos experiências de “porta e de caminho”. Todavia, a porta é apenas uma experiência que nos introduz em novos caminhos. Caminho por outro lado, não é uma experiência imediata, antes de tudo é um processo. Como a vida cristã é a maior parte do tempo uma caminhada, depois de entrarmos pela porta precisamos andar, precisamos perseverar no caminho.

b. A Palavra 

Esta era uma igreja comprometida com a Palavra. Os apóstolos se dedicavam à Palavra e as orações (At 6.3,4), e os discípulos seguiam de perto o que eles ensinavam. Somos uma igreja conhecida mais pela Palavra do que por qualquer outra coisa. Uma igreja apostólica genuína, não é aquela que tem nomes ou mesmo títulos de apóstolo, antes, trata-se de um povo que persevera em seguir o que Cristo e os apóstolos ensinaram e deixaram registrado no Novo Testamento.

2. Perseveravam na comunhão e no partir do pão (1Jo 1.3)

a. Comunhão

Outro aspecto vital na vida da igreja é a comunhão. Aqueles discípulos aprenderam a ser uma comunidade, ser como uma família que compartilhava da mesma vida, alegrias, sofrimentos e vitórias.

b. Partir do Pão

Somos uma igreja em células porque entendemos que para vivermos de forma semelhante à igreja do Novo Testamento, precisamos aprender a viver em comunhão e no “partir do pão”.
“Partir do pão” era uma expressão usada para se referir à mesa do Senhor (ceia). A verdadeira prática da ceia deveria ser na célula, assim como Jesus e os apóstolos fizeram e a igreja praticava. Na célula podemos celebrar a nossa aliança uns com os outros em Cristo de forma específica, pessoal e prática. Sem dúvida, esta prática fortalecia os vínculos da comunidade dos discípulos, uns com os outros no Amor de Cristo.

c.Tomavam suas refeições com alegria e simplicidade

Outro aspecto da comunhão genuína é o ato de comer junto. Uma célula saudável tem essa prática. Nós cristãos comemos juntos, como expressão de nossa amizade e proximidade. Jesus e os discípulos comiam juntos constantemente. Somente se alegra com estas coisas, aqueles cujos corações são singelos, simples como o de Jesus.

3. Perseveravam nas orações

As igrejas em células que mais crescem no mundo, trabalham com um projeto consistente de oração diária. Líderes de célula que mais crescem e multiplicam em nosso meio, ou mesmo nas igrejas em células do mundo (segundo pesquisas do livro Crescimento Explosivo da Igreja), são aqueles que perseveram na oração.

4. Vendiam tudo e distribuíam os bens

Esta prática não teve continuidade (2Co 9). Mas isto mostra basicamente três coisas na vida destes discípulos e desta igreja:

a. Liberdade e Generosidade – esta igreja experimentou a liberdade em Cristo de todo espírito de mamom e ganância que imperam neste mundo.

b. Consagração – segundo o ensino de Jesus e dos apóstolos, aquele que quiser vir após Cristo deveria estar disposto a renunciar a tudo quanto tinha.

c. Disposição para o sacrifício – os discípulos acreditavam tanto naquele projeto, de fazer discípulos de todas as nações, começando por Jerusalém, que estavam dispostos a vender suas propriedades (At 4.32), para investirem na conquista desta geração.

5. Havia temor 

O temor gerava um ambiente de presença divina poderosa. Há uma relação direta entre mover de Deus em um lugar e o santo senso de reverência. Cuidado com relacionamentos que diminuem o seu senso de temor do Senhor; antes, ande próximo daqueles que inspiram em você mais temor de Deus. Naquela comunidade havia muitos irmãos, que andavam no Temor de Deus, por isto o Espírito movia com liberdade e abundância entre eles.

6. Havia sinais e prodígios pelos apóstolos

Devido o temor de Deus, havia liberdade e ambiente para manifestar Seu poder. Na vida daqueles que há um trono estabelecido, o senhorio de Cristo, certamente haverá a manifestação do Seu poder. Queremos ser uma comunidade de discípulos que além de orar muito, tem muitas orações respondidas, liberando milagres e prodígios.

7. O resultado: Acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos

Esta igreja crescia diariamente. Será inevitável este crescimento em uma comunidade que persevera na Palavra, na oração e na .comunhão. O povo que toca os céus e abala o mundo é o disposto a dar tudo que têm para cumprir o propósito de Deus.

Perguntas para compartilhamento

1. Fale sobre como podemos perseverar no ensino dos apóstolos. 
2. Fale sobre como devemos perseverar na comunhão e no partir do pão. 
3. Fale sobre como podemos perseverar através das orações. 
4. Fale sobre como podemos vender e distribuir os nossos bens.
5. Fale sobre como devemos aumentar o temor de Deus. 
6. Fale sobre os sinais e prodígios liberados pelos apóstolos. 
7. Fale sobre como podemos cumprir o propósito de Deus .

Pr. Aluízio A. Silva

Fonte: http://www.IgrejaVideira.com


Palavra da Célula – 04 de Novembro 2009 – “Discipular”

novembro 3, 2009

discipuloO discipulador discipula cada líder que faz parte de sua equipe. O líder de célula, por sua vez, deve ter líderes em treinamento na célula. O líder em treinamento é o discípulo do líder e também um anjo da guarda, ou seja, um discipulador que acompanha os novos convertidos. Essa é a estrutura da nossa igreja. O problema é que nossos líderes de célula ainda não têm agido como discipuladores.

O que impede um líder de se tornar um discipulador dos líderes em treinamento:

• Falta de tempo 
Como o tempo dos membros é escasso, é preciso focar nosso trabalho em pessoas e não em atividades. O discipulado pode ser feito semanalmente. Caso isso não seja possível, em algumas épocas do ano, pelo menos de quinze em quinze dias.

• Foco na frequência e não no discipulado 
Alguns líderes se contentam em ter uma reunião de célula cheia, mas uma esse não é o alvo principal. Nosso chamado é para formar discípulos e não ganhar membros. O Novo Testamento não diz que a igreja tinha membros, mas discípulos.

• Mentalidade de escola 
Alguns se contentam em mandar membros para fazer o Curso de Maturidade e o CTL. Imaginam, equivocadamente, que isso é tudo o que se espera deles, mas estão enganados. Nossos cursos são fundamentais, mas o processo de treinamento de um líder só será completo com o discipulado.

• Falta de revelação do sacerdócio dos crentes 
Todo membro é um discípulo e um líder em potencial, mas ele somente se tornará um discípulo quando se dispuser a tomar a cruz e se tornar um líder em treinamento na sua célula.

• Falta de um “trilho” que o discipulador possa seguir 
Nós tínhamos um trilho para a formação de um líder, mas nos faltava uma estratégia clara de como transformar um líder em um discipulador. Agora que a temos, forneceremos um roteiro básico de como deve acontecer o nosso discipulado em todos os níveis.

Cada líder de célula, um discipulador

O limite de células para um discipulador de líderes depende de sua capacidade e tempo disponível para acompanhá-las. Enquanto o discipulador não atingir seu limite, ele poderá remanejar para si todas as multiplicações das suas células.

Cada líder de célula já discipula os líderes em treinamento, mas o seu alvo deve ser levá-los a se tornarem líderes. Quando isso acontece, ele se torna naturalmente um discipulador de líderes. O alvo é que cada líder de célula se torne um discipulador.

Para atingir o alvo, cada líder deverá constituir na célula três líderes em treinamento, que serão seus discípulos e também cooperadores na mesma. A primeira função e encargo do líder em treinamento deve ser apascentar os demais membros da célula.

Tornamos-nos discípulos para nos multiplicarmos. Assim, cooperamos com o Espírito Santo para a formação de crentes maduros que também se multiplicarão. Temos um grande potencial, vidas que nos foram confiadas pelo Senhor.

Precisamos somente entender que não temos escolha, o Senhor nos mandou fazer discípulos. Um líder de célula que não discipula ninguém está simplesmente ignorando uma ordem do Senhor Jesus (Mt 28.19,20). Um líder só aprende a liderar sendo discipulado por outro líder.

Atitudes de um líder de célula que discipula o líder em treinamento

• Não se isola dos seus discípulos 
• Repara as responsabilidades da célula com eles 
• Leva-os consigo em todas as reuniões de liderança 
• Delega a eles uma parte dos membros da célula para que eles os apascentem 
• Estuda com eles o Manual da Visão de Células 
• Planeja junto com eles cada evento da célula 
• Avalia junto com eles o acompanhamento dos membros 
• Não tem medo de que seu discípulo se torne maior do que você

Os equívocos mais comuns do discipulado 

• O discipulador deve andar atrás do discípulo 
• O discipulado é para alguém cuidar de mim 
• Discipulado é somente para pegar relatórios 
• Aceito o discipulado, mas não que falem na minha vida pessoal 
• Não tenho tempo para o discipulado 
• Posso crescer sozinho
• Quero ser discipulado, mas não quero liderar
• Quero liderar, mas não quero o discipulado 
• Quero ser discipulado, mas não quero que cobrem nada de mim – o alvo do discipulado é o crescimento 
• Quero ser discipulado, mas não quero cuidar de discípulos

Transformando membros em discípulos (At 6.1,2)

O livro de Atos se refere aos irmãos como “a comunidade dos discípulos”. Isso revela que o que estava no coração dos líderes da igreja não era apenas pregar o Evangelho e salvar pessoas, mas sim, fazer discípulos de Jesus. Em nossa igreja, a célula é o lugar de formar discípulos, este é o grande desafio.
Para alcançar esse desafio, o líder de célula precisa considerar três pontos essenciais: primeiro, encarar seus desafios como líder e superar os seus próprios bloqueios; segundo, suprir as necessidades dos membros através do ensino da Palavra; terceiro, investir adequadamente nos líderes em treinamento discipulando-os. 
Dessa forma o discipulado alcança todos os membros da igreja. Começando com o pastor da igreja local, até os novos convertidos. O alvo desse discipulado é passar o DNA. 
O crescimento da igreja está associado diretamente com o crescimento das células. E o crescimento das células, por sua vez, depende da atitude dos seus líderes em formar discípulos.

Pr. Aluízio A. Silva


Palavra da Célula 28 outubro 09 – Paulo, o discipulador de Timóteo

outubro 26, 2009

discipuladoQualquer um que se coloca como pai espiritual, discipulador, precisa manifestar as qualidades de Paulo. Vamos ver algumas delas:

1. Mantinha um relacionamento de pai e filho


Paulo trata Timóteo repetidas vezes como filho (1Tm 1.2;18; 2Tm 1.2;2.1). Vivemos em uma geração de muitos líderes órfãos, líderes que nunca aprenderam a ser filho e que por isso não conseguem exercer uma paternidade espiritual livre e saudável. Precisamos desesperadamente que o Senhor restaure em nós esse tipo de relacionamento.

2. Era amoroso

É precioso ver como Paulo se referia a Timóteo. Não espere ter discípulos se você não consegue expressar amor. Sabemos como a expressão do amor de um pai é vital para o crescimento e a identidade do filho. Há filhos que são gerados e outros que são adotados, mas em ambos os casos devemos amá-los incondicionalmente.

3. Era intercessor


Paulo orava por Timóteo de noite e de dia. Quando amamos um filho, oramos por ele; quando amamos um discípulo, temos encargo pela sua vida. Deixar de orar por um discípulo é sinal de indiferença e relacionamento superficial. É um grande privilégio ter um discipulador intercessor.

4. Mantinha intimidade

Paulo se lembrava das lágrimas de Timóteo. Isso significa que ele tinha liberdade para chorar diante de Paulo. Ele não se envergonhava disso. Em um verdadeiro relacionamento de discipulado, é normal deixar o coração transparecer. Temos liberdade para chorar e para celebrar.

5. Alegrava-se em estar junto

Paulo ficava ansioso para ver Timóteo e assim, transbordar de alegria. Um relacionamento de discipulado onde não há alegria na comunhão, no simples estar junto, certamente não está correto. É preciso avaliar onde está o problema.

6. Era benígno


Paulo tinha a atitude resoluta de enxergar em Timóteo suas qualidades e virtudes. Paulo não insistia que seu discípulo precisava melhorar, mas comunicava-lhe uma profunda aceitação. Não questionava a fé de Timóteo, mas simplesmente presumia o melhor a respeito do filho.

7. Desafiava ao crescimento

Todo discipulador precisa admoestar e exortar o discípulo ao crescimento. Paulo sabia do potencial e da unção que havia em Timóteo. Ciente disso ele desejava levar seu discípulo a ser plenamente útil nas mãos de Deus. Precisamos acreditar em nossos discípulos e no potencial deles sob a unção do Espírito Santo.

8. Transferia unção

No Novo Testamento Paulo é exemplo de que há poder na imposição de mãos e que, de fato, existe transferência de unção no discipulado (Nm 11.16,17). O Senhor vai transferir o espírito que está em você e compartilhá-lo com seus discípulos. Você consegue perceber como é sério ser e ter um discipulador? Entenda a responsabilidade, o discipulador é o padrão para o discípulo. Deus vai transferir o que você tem e compartilhar com os discípulos.

9. Discernia a condição espiritual do discípulo

Paulo sabia das dificuldades de Timóteo. Primeiro ele era jovem demais (1Tm 4.12) e isso certamente o fazia tímido e inseguro. Além disso, Paulo sabia que Timóteo era propenso a doenças (1Tm 5.23). Mas o principal é que Timóteo tinha mais tendência a apoiar-se em outros do que a liderar.

10. Ensinava por palavras e por demonstração

Paulo mostrou a Timóteo como ensinar e viver (2Tm 3.10,11). Ele desafiava Timóteo a reproduzir o que recebeu dele. Mais que isso, desafiava-o a multiplicar-se discipulando as pessoas certas para que estas, por sua vez, transmitissem às outras o que receberam. 

Vamos ver algumas características de Timóteo que nos mostram como deve agir um bom discípulo:

1. Tratava seu discipulador como pai espiritual (1Co 4.17)

O discípulo antes de qualquer coisa deve aprender a ser filho. Em Hebreus diz que o Senhor teve de aprender a obedecer (Hb 5.8). Ele era Deus e nunca teve que obedecer ninguém. Ele era Deus, mas teve de aprender a ser filho. Para aprender a ser pai, antes precisamos aprender a ser filho.

2. Imitava seu discipulador (1Co 4.14-16)

Os coríntios não imitavam Paulo, mas este se colocou como um modelo a seguir, um exemplo. Evidentemente todo discipulador possui falhas, mas o discípulo que tem um coração correto sempre terá de Deus o discernimento do que deve ser imitado.

3. Era um cooperador (Rm 16.21)


Todo discípulo é também um cooperador. Um líder em treinamento coopera com o líder da célula enquanto é discipulado por ele. É exatamente enquanto cooperamos que aprendemos.

4. Era fiel ao discipulador (1Co 4.17)


O discípulo não murmura com terceiros a respeito das falhas do discipulador ou dos problemas que possa ter de enfrentar. A relação entre ambos tem de ser de mútua transparência. O discípulo é um escudeiro para seu discipulador, o protege e até o carrega quando pode. A lealdade é a condição vital para que aconteça uma relação de discipulado.

5. Era confiável (Fp 2.20)

Tornamo-nos confiáveis quando somos transparentes. Um bom discípulo abre seu coração com o seu discipulador. Também nos tornamos confiáveis quando nos permitimos ser tratados. Apenas ser transparente não nos qualifica, mas quando somos transparentes e nos permitimos ser tratados e disciplinados, conquistamos uma posição de confiança.

6. Tinha o caráter aprovado (Fp 2.22)


Todo discípulo precisa ser humilde e ensinável, não deve rejeitar correções. Ele deseja ouvir a avaliação de sua vida e de seu ministério, de modo que possa crescer. Creio que ser ensinável é a característica mais importante de um discípulo, pois se precisar de correção em quaisquer outras áreas, será possível trabalhá-las sem grandes conflitos.

7. Tinha o coração sincero (2Tm 1.5)


A meu ver, a maior responsabilidade para um bom relacionamento de discipulado está sobre o discípulo. Normalmente o discipulador possui muitas ocupações e, por isso o discípulo deve fazer os ajustes necessários para se adaptar à rotina do discipulador. Ele deve ter a iniciativa de buscar o discipulador e assegurar que o relacionamento cresça gradualmente (Hb 13.17).

Pr. Aluízio A. Silva

Fonte: www.IgrejaVideira.com


Palavra da Célula 07 out 09 – As prioridades de Deus

outubro 7, 2009

oneCornélius deveria ser alguém bastante ocupado, pois durante todo o tempo do ministério de Jesus, ele nunca tinha ouvido falar do Senhor. Esse homem era um judeu convertido e dizia o livro de Atos que ele era temente a Deus, de contínuo orava e dava esmolas (At 10. 1-2). Até que um dia o anjo do Senhor lhe apareceu. É importante frisar que o anjo não lhe apareceu enquanto via TV e nem enquanto jogava videogame. Cornélius estava jejuando e orando quando o anjo lhe apareceu (At 10. 30-31).

Observe mais uma vez as três dobras na vida de um discípulo: oração, jejum e oferta. O jejum tem o poder de nos colocar no fluxo das prioridades de Deus. O jejum nos permite separar nossos desejos de nossas reais necessidades. Na verdade, nos permite discernir aquilo que apenas queremos daquilo que é um desejo profundo do coração. O jejum nos coloca de volta na corrente principal das prioridades de Deus (Ex 13. 11-12).

As escrituras nos dizem que tudo aquilo que é o primeiro pertence a Deus. Vivemos um tempo de uma forte ênfase na comunhão e na vida da célula. Isso é bom, mas podemos nos tornar demasiadamente focado no horizontal e nos esquecemos do vertical. A cruz possui duas dimensões: a horizontal e a vertical. 
O jejum faz com que as nossas prioridades se tornem mais verticais, em linha com o coração de Deus. Gostaria de mostrar as prioridades de Deus em alguns aspectos chave da vida que tendemos a colocar fora de ordem e de como o jejum pode ordená-los corretamente.

O espírito (1Ts 5.23)

A seqüência bíblica espírito, alma e corpo não é por acaso. A prioridade de Deus é o seu espírito, depois a alma e por fim o corpo. Quando colocamos o corpo como prioridade invertemos completamente os valores celestiais. 
De acordo com o princípio do primeiro, aquilo que você coloca em primeiro na sua vida vai comandar o resto. O primeiro estabelece o governo e a ordem. Tudo aquilo que você coloca como primeiro estabelece seu poder sobre a sua vida. Se você coloca espírito em primeiro lugar a carne vai ser sempre sujeita a vontade de Deus. 
Quando jejuamos temos uma melhor perspectiva para não andarmos ansiosos por coisas como comer e vestir. Entendemos que a vida é mais que o alimento e o corpo mais que as roupas (Mt 6.25; Rm 8.13).

O perdão

Nós sempre pensamos que o culto é a prioridade de Deus, mas o Senhor diz que um relacionamento amoroso e perdoador vêm em primeiro lugar. A reconciliação vem antes do culto (Mt 5.23). 
Evidentemente Deus deseja a nossa adoração pública e corporativa, mas isso não nos exime de guardar nossa vida íntima com uma contrição e coração perdoador. Certa ocasião, uma mulher mandou desentupir o poço. O poço tinha sido furado por seu pai e ela se lembra que quando foram fechá-lo a primeira coisa que ela jogou ali foi um pote. Mesmo quando o cisterneiro disse ter limpado tudo ela insistia que cavassem, até que achassem o pote. Tudo por uma razão bem simples: “a primeira coisa jogada no poço vai ser a última a ser retirada”.

O jejum permite ao Espírito Santo escavar em nossas vidas para tirar entulhos que impedem a fonte jorrar. Normalmente, os entulhos que foram atirados primeiro são os últimos a serem retirados. 
Limpe por dentro (Mt 23. 25-26)

O jejum nos permite ter discernimento das coisas interiores de maneira que podemos ser purificados por dentro para que naturalmente o nosso exterior seja mudado. 
Muito facilmente nos tornamos legalistas, observando o exterior das pessoas e das coisas, mas o jejum nos permite entrar em contato com as partes escuras da nossa alma. Quando isso acontece podemos confessar e sermos purificados pelo sangue de Jesus.

Tire a trave do seu olho (Mt 7. 1-5)

O jejum é um tempo de examinar-se a si mesmo. Só podemos ver traves em nossos olhos quando separamos tempo para buscar a luz de Deus. Tempo de jejum é tempo de luz. Somos naturalmente inclinados e ver as pequenas falhas dos outros e sermos intolerantes com elas, mas quando jejuamos o Espírito Santo encontra ocasião para mostrar a trave em nossos olhos (Gl 6. 1-3).

A palavra “corrigi-o” usada aqui é traduzida como “to reset” ou resetar em um comentário bíblico em inglês. Isso significa apagar completamente o passado e começar de novo. 
Busque o reino de Deus (Mt 6. 31-33)
Se a pobreza tem matado milhares, a prosperidade tem matado milhões. Muito mais pessoas tem se esquecido de Deus por causa da prosperidade do que por causa da necessidade. O jejum coloca nossas prioridades em ordem. O reino de Deus vem primeiro. Na verdade, o jejum nos ajuda a buscar em primeiro lugar as coisas do reino. 
Mantenha o primeiro amor

Você se lembra da última vez que ficou apaixonado pelo Senhor? Existem pessoas que se esquecem de comer, e eu certamente não sou uma delas. A única vez de que me lembro ter esquecido de comer foi quando apaixonei pela minha esposa. Algumas vezes, saíamos para conversar e eu simplesmente esquecia a comida no prato, de tão deslumbrado que estava (Ap 2.4).

Nem preciso dizer o quanto é fundamentar ter o primeiro amor restaurado. Creio que o jejum tem o poder de restaurar em nós uma fome pelo Senhor e um prazer nas coisas espirituais que talvez já tínhamos perdido. 
Se você já não tem mais aquele apetite pelas coisas de Deus, se percebe a presença do Senhor próximo de você e não tem mais aquele entusiasmo na adoração, então certamente você precisa jejuar. Que esse jejum seja um tempo onde as prioridades de Deus sejam colocadas no lugar certo na sua vida.

Pr. Aluízio A. Silva

Fonte: http://www.IgrejaVideira.com


Palavra da Célula 30 set 09 – Destronando o rei estômago

setembro 29, 2009

DSC01356-yTudo que conquistei ministerialmente foi por meio de jejum. Foi durante um jejum que fui chamado para o ministério e foi durante um jejum que decidimos começar a Videira. Foi no final de um jejum que compramos tanto o prédio da Videira do Bueno e o da praça da Bíblia. E também é por meio de jejuns que conquistamos a multiplicação das células a cada ano.

Eu não tenho dúvida de que o jejum é uma poderosa arma espiritual contra o inferno e um grande instrumento para edificar nossa fé e ver o poder de Deus liberado. Nesse ano completamos o décimo ano em que sistematicamente jejuamos duas vezes por ano.

Todo projeto tem um lugar de nascimento, e quando Deus coloca no seu coração sonhos que podem ser alcançados somente pelo poder do céu, então você precisa jejuar e orar. O jejum libera a unção, o favor e a bênção de Deus sobre seus filhos.

As três dobras

Muitos carregam conceitos errados a respeito do jejum. Em primeiro lugar o jejum não é simplesmente ficar sem comer. Isto é dieta ou passar fome, mas não jejum. O jejum também não é algum tipo de penitência praticada por fanáticos e nem é algo para ser feito apenas por monges que vivem trancados em algum mosteiro. De maneira simples: o jejum é se abster de comida para um propósito espiritual.

No capítulo 6 de Mateus enquanto Jesus dava a constituição do Reino ele falou de três coisas que todo discípulo deveria fazer e ensinou a maneira correta de fazê-las: “quando deres”(v. 2), “quando orardes” (v. 5) e “quando jejuardes” (v. 16).

Ofertar, orar e jejuar são as três dobras de uma corda espiritual que não pode se romper (Ec 4.12). Essas três coisas quando praticadas juntas produzem solidez na vida do discípulo.

Todos concordam com a oração, alguns com a oferta, mas muito poucos cristãos realmente possuem a disciplina do jejum. Precisamos apenas nos lembrar que se Jesus, que podia todas coisas, teve de jejuar, muito mais nós para romper com as cadeias espirituais.

Destronando o rei estômago


Creio que uma vez que você decide jejuar o Senhor lhe dá uma graça especial para chegar ao fim do jejum, porque o Senhor olha o coração. Mas você tem que tomar a decisão de tirar o seu estômago do trono.

Eu imagino que seja verdade quando dizem que o caminho do coração dos homens é o estômago, e que o diabo sabe disso.

a. O homem caiu pelo estômago

Você e eu sabemos que o homem só caiu no Éden por que viu que “a árvore era boa para se comer e agradável aos olhos” (Gn 3.6). O estômago foi o primeiro a cair e depois da refeição agradável o homem se escondeu no meio das árvores do jardim. Hoje sofremos as consequências do apetite deles.

b. O pecado de Sodoma


Pensamos que o pecado de Sodoma e Gomorra estava relacionado apenas com sexo e perversões, nem todos sabem que a comida foi também uma causa. “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali” (Ez 16.49,50).

Veja as três dobras aqui: ela não ofertou ao pobre, fizeram abominações em vez de orar e também viviam da fartura do pão, isto é, glutonaria.

c. O desprezo de Esaú

Jacó cometeu muitos erros, mas no fim recebeu a bênção no lugar de Esaú. Porque? Talvez Esaú fosse uma pessoa melhor do que Jacó, mas era escravo do seu estômago. “Esaú respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura” (Gn 25.32,34).

Esaú perdeu a bênção por causa da cobiça da gratificação instantânea. O autor de Hebreus nos adverte para não sermos como Esaú, chamado de impuro e profano. “Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura” (Hb 12.16). Trocar coisas espirituais por comida é se tornar impuro e profano aos olhos de Deus.

d. Os murmuradores do deserto

Depois que Deus libertou o povo da escravidão do Egito, os conduziu para o deserto onde por quarenta anos os sustentou com o maná. Eles nunca ficaram doentes, porque era uma comida perfeita dos céus. No entanto a Bíblia diz que: “E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná” (Nm 11.4-6).

Deus ouviu suas reclamações. E como qualquer filho pode testemunhar, não é uma boa idéia reclamar da comida da mãe. Então o Senhor disse: “amanhã e comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do SENHOR, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Íamos bem no Egito. Pelo que o SENHOR vos dará carne, e comereis. Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco, nem dez, nem ainda vinte; mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela, porquanto rejeitastes o SENHOR, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?” (Nm 11.18-20). E eles comeram até se empanturrarem, mas enquanto ainda estavam com a carne entre os dentes veio o juízo sobre eles e muitos morreram (v. 33).

Deus tinha bênçãos sobrenaturais para os israelitas no deserto, mas eles preferiram os apetites carnais. Muitos não têm recebido mais de Deus porque ainda são governados pelo rei estômago. Deus quer derramar Suas bênçãos sobrenaturais em nossas vidas, mas precisamos entender que Ele deseja que jejuemos e oremos.

Aluízio A. Silva