Palavra da célula 10 fev – Problemas
fevereiro 10, 2010Devemos nos gloriar nas provações porque elas não ocorrem por acaso, antes, cumprem um propósito maior da parte de Deus. Sabemos que o próprio Senhor teve de padecer para entrar na glória (Lc 24.26). O que aconteceu com Cristo deve acontecer com o cristão. Paulo afirma que precisamos sofrer com Cristo para, com ele, sermos glorificados (Rm 8.17).
O sofrimento de Cristo não foi por enfermidade ou necessidades, mas sofrimento por perseguições e pressões do mundo. Tiago não está dizendo que devemos ser masoquistas e gostar do sofrimento, mas que percebemos o cumprimento de um propósito divino por meio dos nossos sofrimentos.
Não nos alegramos pelo sofrimento em si, mas pelo que ele produz. Há um processo para desfrutarmos da glória. Três palavras descrevem o processo de tratamento de Deus em nós: santificação, transformação e conformação. A santificação é uma separação e um infundir de Deus. A transformação é a restauração de algo que estava danificado, mas a conformação nos faz encaixar na forma que é Jesus. Gostamos de paz, graça e glória, mas fugimos das tribulações. A palavra de Deus diz as tribulações são necessárias para chegarmos à glória (At 14.22; 1 Ts 3.3,4; Ap 7.14).
1 – Eles expõem a nossa realidade espiritual
Mostram o nível de profundidade ou superficialidade em Deus. Realçam onde estamos e onde precisamos melhorar. O sofrimento mostra o que nós realmente somos. Podemos confiar no que possuíamos somente se suportar ao teste das provações.
Algumas vezes a tribulação é um teste. Dependendo de como respondemos seremos promovidos dentro do plano de Deus a lugares mais altos. Saul foi um teste na vida de Davi.
Depois de ouvir uma palavra sobre paciência, por exemplo, Deus permitirá circunstância para que a nossa paciência seja testada. Às vezes oramos por algo, mas Deus vai nos testar para ver se realmente desejamos aquilo ou para que as verdadeiras motivações se manifestem.
2 – Eles nos mostram os verdadeiros valores da vida
Quando perseguições e dificuldades se levantam elas colocam diante de nós o que realmente é importante e o que é apenas enfeite. O verdadeiro valor de qualquer coisa somente pode ser percebido diante da morte.
3 – Eles nos permitem conhecer mais a Deus
Só podemos conhecer o Deus que cura se passarmos pela enfermidade. A primeira condição para um milagre é o problema (2 Co 12.9,10). É no meio das tribulações que somos quebrantados e nos tornamos mais sensíveis a Deus. É no meio dos problemas que conhecemos a Deus e o Seu poder.
4 – Eles desenvolvem nossa fé
Aprendemos a confiar em Deus em vez de confiar em nós mesmos. A diferença entre a obscuridade e a significância é o inimigo que você precisa vencer. A glória de Davi era Golias (Jo 16.21).
Todo propósito e missão são concebidos em meio a dores e aflições. Se não há dor é porque não houve gestação. A dor não fala do tamanho da benção, mas da iminência de vir a luz.
5 – Eles desenvolvem a perseverança espiritual
Muitos desistem antes da vitória chegar (Tg 1.2-4; Rm 5.3,4). Perseverança é a maior expressão de fé. Se o tempo é um grande teste, a perseverança pertence aos vencedores.
Em Lucas 18.1-8, Jesus contou a parábola do juiz iníquo e terminou com uma questão: “Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé (perseverante) na terra?”. Há ocasiões em que queremos um milagre, mas Deus quer que tenhamos fé. Tempos de tribulação são também tempos de sequidão. Tempos de seca são importantes para:
– Aprendermos a andar por fé;
– Não dependermos da força humana;
– Não dependermos das emoções;
– Não dependermos da vontade da empolgação;
– Sabermos o que vai no coração (Dt 8.2).
6 – Eles desenvolvem a nossa sensibilidade e compaixão
Desenvolvemos empatia para com as pessoas e suas necessidades, pois aprendemos com a experiência, como é estar no lugar delas (2 Co 1.3-6). Paulo disse que ele tinha passado por tribulações para poder consolar os irmãos com a mesma consolação que ele recebeu. Consolo de que não passou por lutas se tornam palavras vazias.
7 – Eles alargam a nossa capacidade em Deus
Os problemas leva nossa fé a crescer (Jr 48.11). Todo fruto precisa de tempo para amadurecer. Posso adquirir muito conhecimento rapidamente, todavia toma tempo para amadurecer.
Maturidade é ter a nossa capacidade expandida por Deus. Antes eu perdoava uma vez, depois passei a perdoar sete vezes, agora eu perdôo-o setenta vezes sete. Alguns crentes são como Moabe, não foram trocados de vaso, por isso permanecem com o mesmo sabor. Se perdemos a paciência pelos mesmos motivos de cinco anos atrás isto é um sinal de que não fomos alargados por Deus. A diferença entre um fruto maduro e um verde está no seu sabor. O fruto verde é azedo, mas o maduro é doce.
Todavia o processo de amadurecimento artificial pode ser feito com bananas, não com crentes. A nossa doçura deve ser desenvolvida espontaneamente. Nós podemos retardar a obra de Deus em nossa vida, mas certamente não podemos acelerá-la.
Não devemos buscar tratamento, mas não devemos fugir dele, pois perdemos a oportunidade de sermos alargados por Deus. Conhecimento intelectual acumulado sem o tratamento de Deus possui muito pouco valor espiritual (Nm 31.23).
Acima de todos os problemas, o sofrimento nos testam e nos depuram. Áreas duras de nossa vida serão purificadas com fogo, mas áreas mais macias e maleáveis serão purificadas pela água. A água aponta para a Palavra. Precisamos receber a Palavra e sermos purificados por ela. O fogo aponta para a disciplina do espírito Santo.
Palavra da Célula 09 Dezembro 09 – Fatores para chave do sucesso
dezembro 9, 2009Há três fatores importantes que compõe uma estrutura de sucesso:
1 – A visão e os valores fundamentais Devem estar de acordo com os princípios bíblicos. Tem que ter uma visão clara! Sem a visão, as pessoas estarão dispersas. A visão e a filosofia do ministério, na realidade, possuem valores fundamentais e é a parte mais importante da estrutura.
2 – O espírito das pessoas Com uma boa visão e o espírito das pessoas, você pode ir em frente com todo poder. Porque os israelitas não puderam adentrar na terra prometida? Será que eles não tinham estruturas e nem estratégias? Eles tinham as doze tribos de Israel e toda estrutura e estratégia, mas eles ficaram 40 anos vagando no deserto. Se você analisar a geografia, perceberá que eles poderiam ter feito aquele mesmo trajeto em 11 dias.
3 – Estrutura e Estratégia O segredo para o sucesso é a visão que Deus dá e isso é adentrado no espírito das pessoas. As estratégias são importantes, mas a atitude e o espírito do seu povo é que vai fazer a igreja poderosamente se tornar um exército de Deus. O povo de Israel não tinha o espírito correto, por isso, estavam sempre murmurando contra Deus e Moisés. Existem pastores e líderes que talvez tenha uma estratégia e uma estrutura boa, eles sabem aonde querem ir, mas se o seu povo não for junto com eles, então não irá funcionar. Muitas vezes, o pastor e sua esposa acabam saindo sozinhos e os membros ficam sentados na congregação, só observando seus líderes servindo ao Senhor. Então, nós temos que ter certeza que estamos passando a visão corretamente para os membros e que existe um espírito das pessoas positivo, poderoso, apoiado e envolvido na igreja. Você precisa se certificar de tudo que você pregar e ensinar, para ver se está ajudando a transformar a vida das pessoas.
Modelos e Estratégias de Fundação de Igreja
1 – Modelo de igreja em células Você vai começar uma igreja por meio da célula. Funciona assim: você manda uma equipe pequena da mesma célula para outra cidade para evangelizar. Em seguida, você deve acompanhar o novo convertido e discipulá-lo. Logo após, começa as células nas casas ou nos campos universitários. À medida que os grupos forem crescendo e se multiplicando você passa para um prédio, realizando assim, os cultos de domingo. Todo mundo pode fazer isso. Pessoas comuns, líderes e membros de célula. Não depende de “líderes grandes” ou de um pastor titular, mas sim da mobilização, de pegar todas as células, ter uma visão missionária e sair para outros lugares fundando igrejas.
2 – Modelo de Cruzada É totalmente diferente do primeiro. Começa com uma grande cruzada que resultará na abertura da igreja. Esse modelo exige um grande orçamento e também um acompanhamento eficaz, porque depois de uma grande cruzada, você terá uma centena de conversões. Esse modelo precisa de grandes pregadores e bons líderes. Então, não é todo mundo que pode fazer esse modelo. Precisa de um grande evangelista para pregar na cruzada. Temos muito desse modelo funcionando na África.
3 – Modelo Fabricação de Tendas O pastor relaciona com uma equipe de liderança, mas o pastor da nova igreja, a que está sendo fundada, não precisa ser uma pessoa em tempo integral no ministério. Eles não são financiados em tempo integral. Então, os empresários vão e abrem uma nova empresa naquela cidade. Mas eles não estarão apenas com o alvo de fundar uma empresa, mas também de abrir uma igreja. O lema é: Aonde os membros vão, eles fundam uma igreja. Isso faz parte dos nossos valores fundamentais. Se a pessoa tiver a visão, o coração, Deus vai abrir as portas para fazer isso acontecer. Nós temos que ir além das nossas limitações. Se pedirem para você fazer algo é porque você pode fazer. Se Deus te deu a grande comissão é porque você pode alcançar. A Bíblia diz “vá para todas as nações”. Vamos ter o Espírito de campeões para Jesus, para alcançar as nações!
4 – Modelo do Líder em Tempo Integral Nesse modelo você envia um missionário em tempo integral para fundar igreja. A “igreja mãe” deve sustentá-lo financeiramente. Nesse caso, ele não precisa arrumar um emprego na outra cidade, mas a igreja precisa ter um orçamento bem alto. A vantagem, é que aquele líder terá mais tempo para dedicar a obra de Deus. A expectativa que nós temos é que esses pastores irão supervisionar muitas igrejas, por isso eles precisam de mais tempo.
5 – Modelo do Grande Começo Modelo totalmente diferente de começar em célula. Começam com um grupo razoável de pessoas se mudando para uma cidade. Esse modelo precisa ter um pastor para supervisionar a nova igreja. Nos Estados Unidos foi colocado em prática esse modelo. Nesse caso, quando tem uma base grande, você pode crescer muito rápido, mas poderá ver o desafio de não poder fundar mais igrejas durante o ano, porque você já enviou muitas pessoas da “igreja mãe” para a nova cidade. Todos os modelos têm seus pontos fortes, positivos, fracos e negativos. Que nós recebamos nesses dias a sabedoria celestial em nossas vidas para saber implementar essas verdades e qual modelo que devemos ou não seguir em nosso ministério. Que Deus nos dê um caminho, uma maneira para que possamos voltar para as nossas casas com a convicção de fazer coisas grandes para o Senhor e para fundar igrejas.
O verdadeiro arrependimento
dezembro 4, 2009Este Salmo é o registro da agonia da alma de Davi após o seu terrível crime de adultério e assassinato. Por causa da ociosidade ele teve chance de ver uma mulher tomando banho. Davi viu, cobiçou, adulterou e tentou esconder o seu pecado. Ele usou quatro planos para encobrir o seu pecado:
• Plano A – Dar férias ao marido de Bate-Seba.
• Plano B – Dar um banquete ao marido de Bate-Seba.
• Plano C – Encomendar a morte do marido de Bate-Seba.
• Plano D – Casar-se com Bate-Seba para esconder a gravidez.
Tudo parecia perfeito. Todas as provas do pecado foram aparentemente destruídas. Ele só não contava com uma coisa: Deus estava vendo (2Sm 11.27). Davi, então, é tomado por um sentimento de culpa e horror. E foi nessa condição que ele escreveu o Salmo 51. O arrependimento de Davi nos mostra o caminho da restauração. Enquanto Davi calou o seu pecado, a sua vida murchou, os seus ossos secaram, a alegria da salvação foi embora, porque a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite (Sl 32. 1-5). Não há libertação, cura nem restauração onde não há arrependimento. Passos para a restauração a. Reconheça o seu pecado Davi por um tempo escondeu o seu pecado.
Mas isso estava arruinando a sua vida. Ele, então, olhou de uma maneira séria o que havia feito. Convicção de pecado é o primeiro passo para a restauração. Não olhe para os outros. Não julgue nem culpe os outros. Seja honesto com você mesmo. Pare de argumentar e se justificar. Faça como Davi, “Eu conheço as minhas transgressões” (v. 3). O mundo fará qualquer coisa para impedir que você encare a si mesmo. As pessoas estão lotando os cinemas, entupindo as passarelas do carnaval, vendo novelas, divertindo-se, porque não querem olhar para dentro de si mesmas. b.
Reconheça a natureza do que tem feito (v. 1,2) Dê o nome correto ao pecado. Alguns se escondem atrás da psicologia supondo que o pecado é algum problema psicológico. Em vez de se arrependerem presumem que precisam de cura interior. Davi não caiu nesse engodo. Ele usa aqui três palavras para descrever seu erro: Transgressão – rebelião, revolta contra a autoridade. Davi admite que foi rebelde. Sua própria vontade prevaleceu. Ele foi governado por um desejo lascivo. Fez o que sua consciência reprovava. Foi um ato deliberado de desobediência, uma violação da autoridade divina. Iniquidade – perversão. Algo sujo, indigno, vergonhoso. Há muitas coisas pervertidas como ciúme, inveja, malícia, impureza. Pecado – errar o alvo. Não estamos vivendo conforme vivendo conforme deveríamos viver.
Estamos fora da linha. c. Reconheça que todo pecado é contra Deus e diante de Deus – v. 4 Davi pecou contra Bate-Seba, contra Urias, contra sua família, contra a nação, contra os homens que foram mortos na batalha, mas ele confessa: “Contra ti somente pequei”. Por que contra Deus? Porque sempre que pecamos contra alguém, estamos pecando contra Deus que criou esse alguém. Estamos ferindo alguém amado por Deus. Estamos nos intrometendo na obra da criação e da providência de Deus. Reconheço que o pecado ofende a Deus. Sempre que pecamos, nos insurgimos contra Deus. d. Rejeite toda desculpa e justificativa – v. 4 Davi admite que o seu pecado foi resultado da sua obstinação. Reconhece que está totalmente errado. Nada tem para se justificar. Enquanto você tentar se justificar, não terá dado provas de arrependimento.
O arrependimento é o reconhecimento de que você não merece nada senão o juízo. Gostamos de usar desculpas como: “Eu sou apenas um ser humano.”, “Ninguém é perfeito.”, “Eu não sou de ferro.”, “Eu posso fazer isso porque tenho maturidade.” etc. Existe também as desculpas bíblias como a de Adão e de Eva. Ele disse: “A mulher que me destes.”, sempre achamos que o outro nos fez pecar; Eva disse: “É culpa da serpente” , até hoje repetimos a desculpa da Eva. e. Reconheça que a sua carne é essencialmente má – v. 5 Davi reconhece que a razão de ter pecado não é o mundo fora dele, a beleza do corpo de Bate-Seba, mas o seu coração sujo. Não é o mundo fora de mim, é algo dentro de mim que está corrompido.
Não é simplesmente uma questão do que eu faço, mas de quem eu sou. Meu coração é uma fábrica de iniquidade. É de dentro de mim que procedem maus desígnios. Não é o mundo, é o meu coração. Não é simplesmente a pornografia, é o meu coração lascivo. Não é a guerra, é o meu coração perverso. Não é a injustiça social, é o meu coração avarento. Quando você percebe esta verdade a seu respeito, a única coisa que você pode fazer é clamar como Davi: “Tem misericórdia de mim, ó Deus”. Davi tem consciência da sua culpa, mas não pára aí. Só sentir o peso do pecado pode levar ao remorço, a auto-destruição ou a depressão.
Davi não engoliu o veneno. Ele não fugiu de Deus, ele correu para Deus, desejou ser perdoado e purificado, diferente de Adão e Judas que pecaram e fugiram de Deus. Muitos ao pecarem fogem de Deus. Esse é o caminho oposto ao arrependimento. Davi quis Deus pois sabia que só Deus podia restaurá-lo. Deus não rejeita quem tem o coração quebrantado. A cruz foi onde Jesus morreu pelos nossos pecados. Quando nos voltamos para a cruz, encontramos uma fonte de cura, resturação e perdão. Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar. (Jo 1.9) O homem que não percebe que precisa de perdão não é cristão.
Pr. Aluízio A. Silva
fonte: http://www.IgrejaVideira.com
Palavra da Célula – 26 novembro 2009 – A vida no aprisco conhecendo a Cristo
novembro 26, 2009As formosas relações entre Deus e o homem na bíblia repetidas vezes são colocadas como a relação de um pai e um filho e de um pastor com suas ovelhas.
David falava com um forte sentido de orgulho, devoção e admiração. Era como se jactara em voz alta: “Olhem quem é o meu pastor, o meu dono, é o meu Senhor”. Debaixo de certos pastores, as ovelhas teriam que lutar, passariam fome e dureza sem fim. Então se o Senhor é o nosso pastor, devemos ter noção do Seu caráter e da Sua capacidade.
Deus nos chama de ovelhas, pois em muitas coisas, o cuidado das ovelhas se assemelham com o cuidado dos homens. O instinto de grupo, nossos temores e timidez, nossa obstinação e estupidez, nossos perversos hábitos, são todos paralelos de enorme importância.
Ele é o Bom Pastor, mas temos que lembrar que cada pastor tem que marcar suas ovelhas. A marca do Senhor é a cruz, a marca da orelha furada, do escravo que ficaria para sempre. Foi Ele quem disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo siga-me”. É trocar as volúveis fortunas dessa vida pela aventura mais produtiva e satisfatória de ser guiado por Deus.
É triste que muitas pessoas, que nunca se colocaram debaixo do governo de Cristo verdadeiramente, embora salvas por Ele, afirmem que “o Senhor é o meu pastor”.
Não se pode servir a dois senhores (Mt 7.21). De fato pertencemos a Ele? De fato reconhecemos seu direito sobre nós? Respondemos à sua autoridade e o reconhecemos como dono na prática? Encontramos nEle liberdade e total realização? Percebemos uma sensação de propósito e profunda felicidade em estar debaixo de sua direção? Conhecemos o descanso e o repouso advindos de uma consciência de que pertencermos a Ele? Se assim acontece conosco em verdade, com autentica gratidão e exaltação podemos exclamar com orgulho, como Davi: “O Senhor é o meu pastor”.
2- Nada me faltará
“Faltar” aqui tem um significado mais amplo – é não faltar nenhum cuidado no manejo e atenção e estar tão perfeitamente satisfeito com o cuidado do bom pastor que não deseja nada mais. Quando olhamos para homens como Elias, Paulo, João Batista e até mesmo o Senhor Jesus, vemos tais privações em suas vidas. Portanto é errado afirmar que se alguém está passando por lutas, ou não está prosperando à maneira do mundo é porque não tem a benção de Deus. Vemos algo muito diferente em Apocalipse e em Marcos sobre o conceito de riqueza e benção (Ap 3.17; Mc 10.21)
Mesmo com tanta proteção e cuidado, ainda encontramos irmãos, que são como ovelhas desgarradas, insatisfeitas com o cuidado do seu dono, crentes carnais, querendo desfrutar o “melhor” dos dois mundos. São rebeldes ao cuidado do Senhor e sofrendo sérias conseqüências por isso além de influenciar outros a segui-los.
3- Ele me faz descansar em pastos verdejantes
Pela própria constituição das ovelhas, é impossível que descansem sem que quatro condições sejam cumpridas.
a- Precisam estar livres de todo temor
b- Precisam estar livres das rixas com outras ovelhas dentro do rebanho
c- Precisam estar livres de insetos nocivos para se deitarem e descansarem.
d- Devem estar sem fome para se deitarem e descansarem.
Assim somos nós, e para a solução de todas essas questões, a presença do pastor é a resposta. Não há descanso verdadeiro sem a presença de Deus (Mt 11.28-30)
4- Junto às águas de descanso me pastoreará
Não há descanso genuíno sem a água do Espírito, sem ela, assim como as ovelhas, nós morremos. Quando as ovelhas não encontram água limpa, buscam água em qualquer lugar e bebem água contaminada, prejudicando terrivelmente sua saúde e vida.
Quando não nos deixamos levar pelo Senhor a fim de bebermos as águas limpas do Espírito, terminamos por beber das águas contaminadas desse mundo e acabamos doentes e com nossa vida espiritual e natural totalmente comprometida (Jo 7.37-38).
5- Refrigera a minha alma
É estranho pensar que quem está debaixo do cuidado do bom pastor tem sua alma abatida precisando de refrigério. Mas o certo é que isso acontece. Até Davi passou por tantas frustrações e clamou com alma abatida (Sl 42.11). Só quem conhece intimamente as ovelhas e seus hábitos entende o que é uma ovelha abatida.
Muitos pensam que porque caíram, Deus não se importa mais com Eles e estão morrendo em abatimento de espírito. Na verdade o bom pastor nos busca incessantemente. Vemos que a causa muitas vezes de cairmos abatidos é, como no caso da ovelha gorda que busca um lugar tranqüilo para descansar. Procurarmos posições espirituais relaxadas, sem compromisso. Que o nosso sucesso nesta vida não nos leve a afastarmos da dependência do Bom Pastor e não nos leve ao abatimento.
6- Me guia por caminhos de justiça, por amor de Seu nome
Nós como as ovelhas gostamos de escolher nossos próprios caminhos e nossa obstinação nos prende neles, muitas vezes nos levamos a nossa própria ruína (Sl 53.6, Pv14.12, 16.25). Cristo quer nos levar para o caminho seguro de vida e paz (Jo 14.16; 10.10). O caminho de vitória do Bom Pastor, que somos chamados a seguir é, mais uma vez o caminho da cruz (Mc 8.34).
7- Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte
Muitos de nós temos passados por vales, e não entendemos que, na verdade estamos sendo conduzidos há lugares mais altos em Deus. São nos vales da vida, que podemos conhecer o verdadeiro cuidado e suprimento do pastor. Podemos confiar totalmente nEle, ainda que perigos de morte nos cerquem, pois certamente ao final, nos acharemos em lugares mais elevados em Deus.
Pr. Naor Pedroza
Palavra da Célula 18 de Novembro 09 – Morte na Panela
novembro 18, 2009
Quando somos quebrados, a vida de Jesus que está em nosso espírito flui para alimentar os outros.
fonte: http://www.IgrejaVideira.com
Palavra da Célula – 04 de Novembro 2009 – “Discipular”
novembro 3, 2009O discipulador discipula cada líder que faz parte de sua equipe. O líder de célula, por sua vez, deve ter líderes em treinamento na célula. O líder em treinamento é o discípulo do líder e também um anjo da guarda, ou seja, um discipulador que acompanha os novos convertidos. Essa é a estrutura da nossa igreja. O problema é que nossos líderes de célula ainda não têm agido como discipuladores.
O que impede um líder de se tornar um discipulador dos líderes em treinamento:
• Falta de tempo
Como o tempo dos membros é escasso, é preciso focar nosso trabalho em pessoas e não em atividades. O discipulado pode ser feito semanalmente. Caso isso não seja possível, em algumas épocas do ano, pelo menos de quinze em quinze dias.
• Foco na frequência e não no discipulado
Alguns líderes se contentam em ter uma reunião de célula cheia, mas uma esse não é o alvo principal. Nosso chamado é para formar discípulos e não ganhar membros. O Novo Testamento não diz que a igreja tinha membros, mas discípulos.
• Mentalidade de escola
Alguns se contentam em mandar membros para fazer o Curso de Maturidade e o CTL. Imaginam, equivocadamente, que isso é tudo o que se espera deles, mas estão enganados. Nossos cursos são fundamentais, mas o processo de treinamento de um líder só será completo com o discipulado.
• Falta de revelação do sacerdócio dos crentes
Todo membro é um discípulo e um líder em potencial, mas ele somente se tornará um discípulo quando se dispuser a tomar a cruz e se tornar um líder em treinamento na sua célula.
• Falta de um “trilho” que o discipulador possa seguir
Nós tínhamos um trilho para a formação de um líder, mas nos faltava uma estratégia clara de como transformar um líder em um discipulador. Agora que a temos, forneceremos um roteiro básico de como deve acontecer o nosso discipulado em todos os níveis.
Cada líder de célula, um discipulador
O limite de células para um discipulador de líderes depende de sua capacidade e tempo disponível para acompanhá-las. Enquanto o discipulador não atingir seu limite, ele poderá remanejar para si todas as multiplicações das suas células.
Cada líder de célula já discipula os líderes em treinamento, mas o seu alvo deve ser levá-los a se tornarem líderes. Quando isso acontece, ele se torna naturalmente um discipulador de líderes. O alvo é que cada líder de célula se torne um discipulador.
Para atingir o alvo, cada líder deverá constituir na célula três líderes em treinamento, que serão seus discípulos e também cooperadores na mesma. A primeira função e encargo do líder em treinamento deve ser apascentar os demais membros da célula.
Tornamos-nos discípulos para nos multiplicarmos. Assim, cooperamos com o Espírito Santo para a formação de crentes maduros que também se multiplicarão. Temos um grande potencial, vidas que nos foram confiadas pelo Senhor.
Precisamos somente entender que não temos escolha, o Senhor nos mandou fazer discípulos. Um líder de célula que não discipula ninguém está simplesmente ignorando uma ordem do Senhor Jesus (Mt 28.19,20). Um líder só aprende a liderar sendo discipulado por outro líder.
Atitudes de um líder de célula que discipula o líder em treinamento
• Não se isola dos seus discípulos
• Repara as responsabilidades da célula com eles
• Leva-os consigo em todas as reuniões de liderança
• Delega a eles uma parte dos membros da célula para que eles os apascentem
• Estuda com eles o Manual da Visão de Células
• Planeja junto com eles cada evento da célula
• Avalia junto com eles o acompanhamento dos membros
• Não tem medo de que seu discípulo se torne maior do que você
Os equívocos mais comuns do discipulado
• O discipulador deve andar atrás do discípulo
• O discipulado é para alguém cuidar de mim
• Discipulado é somente para pegar relatórios
• Aceito o discipulado, mas não que falem na minha vida pessoal
• Não tenho tempo para o discipulado
• Posso crescer sozinho
• Quero ser discipulado, mas não quero liderar
• Quero liderar, mas não quero o discipulado
• Quero ser discipulado, mas não quero que cobrem nada de mim – o alvo do discipulado é o crescimento
• Quero ser discipulado, mas não quero cuidar de discípulos
Transformando membros em discípulos (At 6.1,2)
O livro de Atos se refere aos irmãos como “a comunidade dos discípulos”. Isso revela que o que estava no coração dos líderes da igreja não era apenas pregar o Evangelho e salvar pessoas, mas sim, fazer discípulos de Jesus. Em nossa igreja, a célula é o lugar de formar discípulos, este é o grande desafio.
Para alcançar esse desafio, o líder de célula precisa considerar três pontos essenciais: primeiro, encarar seus desafios como líder e superar os seus próprios bloqueios; segundo, suprir as necessidades dos membros através do ensino da Palavra; terceiro, investir adequadamente nos líderes em treinamento discipulando-os.
Dessa forma o discipulado alcança todos os membros da igreja. Começando com o pastor da igreja local, até os novos convertidos. O alvo desse discipulado é passar o DNA.
O crescimento da igreja está associado diretamente com o crescimento das células. E o crescimento das células, por sua vez, depende da atitude dos seus líderes em formar discípulos.
Pr. Aluízio A. Silva
Palavra da Célula 28 outubro 09 – Paulo, o discipulador de Timóteo
outubro 26, 2009Qualquer um que se coloca como pai espiritual, discipulador, precisa manifestar as qualidades de Paulo. Vamos ver algumas delas:
1. Mantinha um relacionamento de pai e filho
Paulo trata Timóteo repetidas vezes como filho (1Tm 1.2;18; 2Tm 1.2;2.1). Vivemos em uma geração de muitos líderes órfãos, líderes que nunca aprenderam a ser filho e que por isso não conseguem exercer uma paternidade espiritual livre e saudável. Precisamos desesperadamente que o Senhor restaure em nós esse tipo de relacionamento.
2. Era amoroso
É precioso ver como Paulo se referia a Timóteo. Não espere ter discípulos se você não consegue expressar amor. Sabemos como a expressão do amor de um pai é vital para o crescimento e a identidade do filho. Há filhos que são gerados e outros que são adotados, mas em ambos os casos devemos amá-los incondicionalmente.
3. Era intercessor
Paulo orava por Timóteo de noite e de dia. Quando amamos um filho, oramos por ele; quando amamos um discípulo, temos encargo pela sua vida. Deixar de orar por um discípulo é sinal de indiferença e relacionamento superficial. É um grande privilégio ter um discipulador intercessor.
4. Mantinha intimidade
Paulo se lembrava das lágrimas de Timóteo. Isso significa que ele tinha liberdade para chorar diante de Paulo. Ele não se envergonhava disso. Em um verdadeiro relacionamento de discipulado, é normal deixar o coração transparecer. Temos liberdade para chorar e para celebrar.
5. Alegrava-se em estar junto
Paulo ficava ansioso para ver Timóteo e assim, transbordar de alegria. Um relacionamento de discipulado onde não há alegria na comunhão, no simples estar junto, certamente não está correto. É preciso avaliar onde está o problema.
6. Era benígno
Paulo tinha a atitude resoluta de enxergar em Timóteo suas qualidades e virtudes. Paulo não insistia que seu discípulo precisava melhorar, mas comunicava-lhe uma profunda aceitação. Não questionava a fé de Timóteo, mas simplesmente presumia o melhor a respeito do filho.
7. Desafiava ao crescimento
Todo discipulador precisa admoestar e exortar o discípulo ao crescimento. Paulo sabia do potencial e da unção que havia em Timóteo. Ciente disso ele desejava levar seu discípulo a ser plenamente útil nas mãos de Deus. Precisamos acreditar em nossos discípulos e no potencial deles sob a unção do Espírito Santo.
8. Transferia unção
No Novo Testamento Paulo é exemplo de que há poder na imposição de mãos e que, de fato, existe transferência de unção no discipulado (Nm 11.16,17). O Senhor vai transferir o espírito que está em você e compartilhá-lo com seus discípulos. Você consegue perceber como é sério ser e ter um discipulador? Entenda a responsabilidade, o discipulador é o padrão para o discípulo. Deus vai transferir o que você tem e compartilhar com os discípulos.
9. Discernia a condição espiritual do discípulo
Paulo sabia das dificuldades de Timóteo. Primeiro ele era jovem demais (1Tm 4.12) e isso certamente o fazia tímido e inseguro. Além disso, Paulo sabia que Timóteo era propenso a doenças (1Tm 5.23). Mas o principal é que Timóteo tinha mais tendência a apoiar-se em outros do que a liderar.
10. Ensinava por palavras e por demonstração
Paulo mostrou a Timóteo como ensinar e viver (2Tm 3.10,11). Ele desafiava Timóteo a reproduzir o que recebeu dele. Mais que isso, desafiava-o a multiplicar-se discipulando as pessoas certas para que estas, por sua vez, transmitissem às outras o que receberam.
Vamos ver algumas características de Timóteo que nos mostram como deve agir um bom discípulo:
1. Tratava seu discipulador como pai espiritual (1Co 4.17)
O discípulo antes de qualquer coisa deve aprender a ser filho. Em Hebreus diz que o Senhor teve de aprender a obedecer (Hb 5.8). Ele era Deus e nunca teve que obedecer ninguém. Ele era Deus, mas teve de aprender a ser filho. Para aprender a ser pai, antes precisamos aprender a ser filho.
2. Imitava seu discipulador (1Co 4.14-16)
Os coríntios não imitavam Paulo, mas este se colocou como um modelo a seguir, um exemplo. Evidentemente todo discipulador possui falhas, mas o discípulo que tem um coração correto sempre terá de Deus o discernimento do que deve ser imitado.
3. Era um cooperador (Rm 16.21)
Todo discípulo é também um cooperador. Um líder em treinamento coopera com o líder da célula enquanto é discipulado por ele. É exatamente enquanto cooperamos que aprendemos.
4. Era fiel ao discipulador (1Co 4.17)
O discípulo não murmura com terceiros a respeito das falhas do discipulador ou dos problemas que possa ter de enfrentar. A relação entre ambos tem de ser de mútua transparência. O discípulo é um escudeiro para seu discipulador, o protege e até o carrega quando pode. A lealdade é a condição vital para que aconteça uma relação de discipulado.
5. Era confiável (Fp 2.20)
Tornamo-nos confiáveis quando somos transparentes. Um bom discípulo abre seu coração com o seu discipulador. Também nos tornamos confiáveis quando nos permitimos ser tratados. Apenas ser transparente não nos qualifica, mas quando somos transparentes e nos permitimos ser tratados e disciplinados, conquistamos uma posição de confiança.
6. Tinha o caráter aprovado (Fp 2.22)
Todo discípulo precisa ser humilde e ensinável, não deve rejeitar correções. Ele deseja ouvir a avaliação de sua vida e de seu ministério, de modo que possa crescer. Creio que ser ensinável é a característica mais importante de um discípulo, pois se precisar de correção em quaisquer outras áreas, será possível trabalhá-las sem grandes conflitos.
7. Tinha o coração sincero (2Tm 1.5)
A meu ver, a maior responsabilidade para um bom relacionamento de discipulado está sobre o discípulo. Normalmente o discipulador possui muitas ocupações e, por isso o discípulo deve fazer os ajustes necessários para se adaptar à rotina do discipulador. Ele deve ter a iniciativa de buscar o discipulador e assegurar que o relacionamento cresça gradualmente (Hb 13.17).
Pr. Aluízio A. Silva
Fonte: www.IgrejaVideira.com
Palavra da Célula 15 outubro 09 – Multidão, seguidor e discípulo
outubro 16, 2009Jesus desenvolveu pelo menos três tipos de relacionamentos e observamos os três tipos de pessoas com quem ele se relacionava freqüentando nossa igreja hoje. Podemos dizer que em toda igreja existe o visitante, o participante e o discípulo.
Vamos chamar o visitante de multidão, o participante de seguidor ocasional e colocar esses dois níveis de relacionamento em contraste com a vida de um discípulo.
1. Jesus e a multidão
O primeiro nível de relacionamento que Jesus teve foi com a multidão (Jo 6.2). O relacionamento que a liderança tem com essas pessoas é um relacionamento de massa, impessoal e distante; um relacionamento de multidão. Esse relacionamento é com irmãos que não têm visão clara de nada: da vida cristã, dos princípios de vitória, do andar no espírito etc. Todas as áreas de sua vida são mais ou menos nebulosas. Vivem em altos e baixos em sua vida cristã.
O que leva alguém a ser multidão?
Evidentemente, existem pessoas que vivem nesse nível de relacionamento por não terem recebido instrução ou ensinamento. Diríamos que são involuntariamente multidão. Mas a maioria faz uma opção por esse nível de relacionamento por inúmeras razões. Vamos ver algumas:
Decepção com estruturas e líderes
Relações frustrantes, escândalos, feridas profundas e decepção com as estruturas da igreja produzem irmãos descrentes de tudo e de todos. Apenas seguem adiante, sem nenhum compromisso com o Corpo. Infelizmente tais pessoas não percebem que a desilusão é o começo do crescimento.
Medo de serem conhecidas
O temor de serem rejeitadas, decepcionadas, exploradas ou manipuladas leva as pessoas a fugirem do compromisso do discipulado. Todavia isso não é uma justificativa para ficarmos à parte do mover de Deus e da vida da Igreja.
Ignorância do melhor de Deus
Alguns acham que a vida espiritual miserável em que vivem é o único modelo de vida com Deus, que seus problemas são apenas seus e que ninguém os ajudaria ou entenderia.
Participação em “obras mortas”
Existem igrejas que produzem crentes da multidão porque não possuem um fluir do Espírito e da Palavra que o confronte e o traga à intimidade com Deus. São igrejas-berçário que se contentam em fazer programação para entreter os irmãos em vez de desafiá-los a uma vida profunda.
Falta de compromisso
Há pessoas que sabem o que Deus quer, convivem com pessoas de visão, no entanto, optam por uma vida descompromissada.
Características da multidão
• Relacionamento distante e impessoal;
• Diálogos sempre muito superficiais, conversas frívolas e fúteis;
• Fraca resposta ao desafio da Palavra de Deus;
• Não aceitam ser cobrados ou confrontados em sua conduta;
• Não se deixam tratar por ninguém;
• Possuem motivação desconhecida, portanto não são confiáveis para qualquer obra ou posição de responsabilidade e liderança;
• O nível de crescimento é baixo;
• São totalmente independentes;
• São infantis, confusos, religiosos e materialistas;
• Nada herdam espiritualmente de seus líderes;
• Fogem de tomar a cruz, pois não toleram o desprazer;
• Possuem uma vida egocêntrica;
• Vivem de aparência.
2. Jesus e os seguidores
O segundo nível de relacionamento de Jesus foi com aquelas pessoas que o procuravam para serem aconselhadas. Os seguidores ocasionais sempre têm alguma ou todas estas características:
• São religiosos e legalistas, alimentam-se da Palavra, mas com uma ótica religiosa e mística;
• São festivos, chegam, marcam presença, dão boas sugestões, estão nos jejuns, mostram-se intensos e desaparecem até a próxima temporada de fogo;
• São místicos, se conduzem com base no fervilhar de sonhos, profecias, visões e fábulas;
• São mornos. Deixam-se tratar apenas superficialmente quando há pressões ou alguma dificuldade.
• Possuem um relacionamento frequente, mas superficial;
• Os diálogos são abrangentes, mas não permitem o tratamento do caráter;
• Possuem uma resposta superficial e até religiosa à Palavra;
• Estabelecem ligações por conveniência com a liderança;
• Fogem de cobrança e de confrontação;
• Vivem estagnadas na apatia espiritual;
• São fiéis às programações, normas e preceitos da estrutura religiosa, mas não se deixam tratar pela cruz;
• Nada herdam espiritualmente;
• Suas opiniões próprias são muito fortes e por isso são fechados para aprender com outros.
3. Jesus e os discípulos
O terceiro nível de relacionamento que Jesus construiu foi com seus discípulos. Neste nível, a proximidade é total, a intimidade e a liberdade com as quais se expressam pensamentos e sentimentos são completas; o compromisso e a renúncia também são totais. As motivações dos discípulos e o potencial de resposta de cada um são intimamente conhecidos e sobre essas bases os desafios são realizados. O discipulado nos fala da aceitação do preço da Cruz. Precisamos entender com clareza isto: discipulado são vínculos formados em Deus, vínculos que implicam em decisão, custos a serem pagos e um objetivo a ser cumprido.
Características do discípulo
• Possui intimidade e transparência para com o seu discipulador;
• Responde de forma completa à Palavra de Deus;
• É submisso;
• Manifesta um crescimento constante e desobstruído;
• É aberto e maleável o suficiente para se deixar tratar;
• Suas motivações são conhecidas;
• É dependente de Deus;
• Possui uma vida de vitória;
• Ao final do processo alcança um ministério reconhecido;
• Possui clareza dos princípios da Palavra de Deus.
Pr. Aluízio A. Silva
Palavra da Célula 07 out 09 – As prioridades de Deus
outubro 7, 2009Cornélius deveria ser alguém bastante ocupado, pois durante todo o tempo do ministério de Jesus, ele nunca tinha ouvido falar do Senhor. Esse homem era um judeu convertido e dizia o livro de Atos que ele era temente a Deus, de contínuo orava e dava esmolas (At 10. 1-2). Até que um dia o anjo do Senhor lhe apareceu. É importante frisar que o anjo não lhe apareceu enquanto via TV e nem enquanto jogava videogame. Cornélius estava jejuando e orando quando o anjo lhe apareceu (At 10. 30-31).
Observe mais uma vez as três dobras na vida de um discípulo: oração, jejum e oferta. O jejum tem o poder de nos colocar no fluxo das prioridades de Deus. O jejum nos permite separar nossos desejos de nossas reais necessidades. Na verdade, nos permite discernir aquilo que apenas queremos daquilo que é um desejo profundo do coração. O jejum nos coloca de volta na corrente principal das prioridades de Deus (Ex 13. 11-12).
As escrituras nos dizem que tudo aquilo que é o primeiro pertence a Deus. Vivemos um tempo de uma forte ênfase na comunhão e na vida da célula. Isso é bom, mas podemos nos tornar demasiadamente focado no horizontal e nos esquecemos do vertical. A cruz possui duas dimensões: a horizontal e a vertical.
O jejum faz com que as nossas prioridades se tornem mais verticais, em linha com o coração de Deus. Gostaria de mostrar as prioridades de Deus em alguns aspectos chave da vida que tendemos a colocar fora de ordem e de como o jejum pode ordená-los corretamente.
O espírito (1Ts 5.23)
A seqüência bíblica espírito, alma e corpo não é por acaso. A prioridade de Deus é o seu espírito, depois a alma e por fim o corpo. Quando colocamos o corpo como prioridade invertemos completamente os valores celestiais.
De acordo com o princípio do primeiro, aquilo que você coloca em primeiro na sua vida vai comandar o resto. O primeiro estabelece o governo e a ordem. Tudo aquilo que você coloca como primeiro estabelece seu poder sobre a sua vida. Se você coloca espírito em primeiro lugar a carne vai ser sempre sujeita a vontade de Deus.
Quando jejuamos temos uma melhor perspectiva para não andarmos ansiosos por coisas como comer e vestir. Entendemos que a vida é mais que o alimento e o corpo mais que as roupas (Mt 6.25; Rm 8.13).
O perdão
Nós sempre pensamos que o culto é a prioridade de Deus, mas o Senhor diz que um relacionamento amoroso e perdoador vêm em primeiro lugar. A reconciliação vem antes do culto (Mt 5.23).
Evidentemente Deus deseja a nossa adoração pública e corporativa, mas isso não nos exime de guardar nossa vida íntima com uma contrição e coração perdoador. Certa ocasião, uma mulher mandou desentupir o poço. O poço tinha sido furado por seu pai e ela se lembra que quando foram fechá-lo a primeira coisa que ela jogou ali foi um pote. Mesmo quando o cisterneiro disse ter limpado tudo ela insistia que cavassem, até que achassem o pote. Tudo por uma razão bem simples: “a primeira coisa jogada no poço vai ser a última a ser retirada”.
O jejum permite ao Espírito Santo escavar em nossas vidas para tirar entulhos que impedem a fonte jorrar. Normalmente, os entulhos que foram atirados primeiro são os últimos a serem retirados.
Limpe por dentro (Mt 23. 25-26)
O jejum nos permite ter discernimento das coisas interiores de maneira que podemos ser purificados por dentro para que naturalmente o nosso exterior seja mudado.
Muito facilmente nos tornamos legalistas, observando o exterior das pessoas e das coisas, mas o jejum nos permite entrar em contato com as partes escuras da nossa alma. Quando isso acontece podemos confessar e sermos purificados pelo sangue de Jesus.
Tire a trave do seu olho (Mt 7. 1-5)
O jejum é um tempo de examinar-se a si mesmo. Só podemos ver traves em nossos olhos quando separamos tempo para buscar a luz de Deus. Tempo de jejum é tempo de luz. Somos naturalmente inclinados e ver as pequenas falhas dos outros e sermos intolerantes com elas, mas quando jejuamos o Espírito Santo encontra ocasião para mostrar a trave em nossos olhos (Gl 6. 1-3).
A palavra “corrigi-o” usada aqui é traduzida como “to reset” ou resetar em um comentário bíblico em inglês. Isso significa apagar completamente o passado e começar de novo.
Busque o reino de Deus (Mt 6. 31-33)
Se a pobreza tem matado milhares, a prosperidade tem matado milhões. Muito mais pessoas tem se esquecido de Deus por causa da prosperidade do que por causa da necessidade. O jejum coloca nossas prioridades em ordem. O reino de Deus vem primeiro. Na verdade, o jejum nos ajuda a buscar em primeiro lugar as coisas do reino.
Mantenha o primeiro amor
Você se lembra da última vez que ficou apaixonado pelo Senhor? Existem pessoas que se esquecem de comer, e eu certamente não sou uma delas. A única vez de que me lembro ter esquecido de comer foi quando apaixonei pela minha esposa. Algumas vezes, saíamos para conversar e eu simplesmente esquecia a comida no prato, de tão deslumbrado que estava (Ap 2.4).
Nem preciso dizer o quanto é fundamentar ter o primeiro amor restaurado. Creio que o jejum tem o poder de restaurar em nós uma fome pelo Senhor e um prazer nas coisas espirituais que talvez já tínhamos perdido.
Se você já não tem mais aquele apetite pelas coisas de Deus, se percebe a presença do Senhor próximo de você e não tem mais aquele entusiasmo na adoração, então certamente você precisa jejuar. Que esse jejum seja um tempo onde as prioridades de Deus sejam colocadas no lugar certo na sua vida.
Pr. Aluízio A. Silva
Fonte: http://www.IgrejaVideira.com